Juiz vê indícios de delitos e quebrou sigilo bancário de ex-ministro
Outros sete investigados, entre eles os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, também são alvos
O juiz federal Renato Borelli, da 15ª Vara Federal do Distrito Federal, apontou "indícios de delitos" na decisão que mandou prender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e mais quatro pessoas, alvos da Operação Acesso Pago, da Polícia Federal, que mira esquema de corrupção na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
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"Conforme se extrai do conteúdo do Relatório Final lavrado pela Corregedoria Geral da União, que expõe de forma clara a situação fática sob análise, restam corroborados indícios de delitos", registra o magistrado, da decisão de prisão de Ribeiro e dos demais alvos
Ribeiro foi preso nesta 4ª-feira (22.jun) pela PF em sua residência em Santos (SP). Ele passou a noite detido na carceragem da Superintendência da PF, na capital paulista e seria levado hoje para Brasília. Decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) desta 5ª-feira (23.jun), determinou sua soltura. A medida foi extendida para os demais quatro presos, entre eles os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura - que tinham livre acesso ao governo.
Além de Ribeiro e dos dois pastores, que atuariam como lobistas, intermediando as liberações de recursos do FNDE para as prefeituras em troca de propina, a quebra de sigilo bancário atinge Luciano Freitas Musse, que foi assessor do MEC e também foi preso, Helder Bartolomeu, a mulher do ex-ministro, Myryan Pinheiro Ribeiro, e Victoria Bartolomeu, além de três empresas ligadas a eles: a Agropecuária 4M Ltda, a Musse Mineração Ltda. e a Salute Colchões Ltda.
O período do afastamento do sigilo bancário é entre janeiro de 2020 e abril de 2022.