Prisão absurda e covarde, diz advogado de Milton Ribeiro
Luiz Carlos da Silva Neto diz que vai entrar com habeas corpus para pedir liberdade de ex-ministro
A defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, preso nesta 4ª-feira (22.jun), alvo da Operação Acesso Pago da Polícia Federal, suspeito de crimes de tráfico de influência, corrupção na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vai entrar ainda hoje com pedido de soltura na Justiça Federal.
"Essa prisão é absurda e covarde", afirmou o advogado Luiz Carlos da Silva Neto, ao SBT News.
"Eu o levei até a Polícia Federal, assim que ele foi exonerado, ele prestou depoimento, convenceu a polícia, prestou depoimento à CGU", afirmou o defensor.
"Ele é um homem completamente inocente, essa prisão é algo terrível contra alguém, que é completamente inocente."
Ribeiro foi preso em casa, em Santos (SP), e será transferido ainda hoje para Brasília, por ordem do juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal. Ele determinou que ele seja levado à Superintendência da PF, no DF.
Uma audiência de custódia presencial está marcada para essa 5ª-feira (23.jun), às 14h.
O advogado Daniel Bialski, também defensor de Milton Ribeiro, já apresentou um pedido ao juiz da 15ª Vara Criminal do DF para que a audiência de custódia, marcada para essa 5ª-feira, seja realizada em Santos (SP), onde o ex-ministro foi preso.
A defesa pede que ele seja ouvido em "uma das varas federais da Subseção Judiciária de Santos/SP, via vídeo conferência".
"Justifica-se o pedido em tela na conveniência e economia processual, e, sobretudo, porque a defesa técnica do ora suplicante encontra-se baseada em São Paulo, o que permitirá maior efetividade na comunicação entre o custodiado e este primeiro signatário que estará presente no ato."
