Bolsonaro ataca Moro: "Mentiroso deslavado"
Presidente rebateu falas do ex-ministro da Justiça
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta 5ª feira (2.dez), em sua live semanal que não comemorou a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como afirmou mais cedo o ex-ministro da justiça Sérgio Moro (Podemos), durante a estreia Mundial no Festival Do Rio do lançamento do seu livro: "Contra o sistema da corrupção".
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Bolsonaro atacou o ex-ministro Sérgio Moro com insultos verbais, o chamando "mentiroso" e "sem caráter". "Um assunto que eu não queria tocar aqui porque mexe com ex-ministros. Mas esse cara está mentindo descaradamente. É um cara que quer ser candidato, é um direito dele, aí em vez de demonstrar o que ele fez, ele fica só apontando o dedo para os outros e mentindo. É o caso do Sérgio Moro", disse o presidente.
"A última notícia dele [Moro] é que 'Bolsonaro comemorou quando Lula foi solto, diz Moro'. É um vídeo, e ele fala 'ouvi dizer'. É um papel de palhaço, um cara sem caráter", disse o presidente. "Agora ele vai me acusar disso, que comemorei. 'Ouvia no Palácio do Planalto que ele comemorou porque era bom politicamente para ele'. Tá de brincadeira. Mentiroso deslavado!", afirmou Jair Bolsonaro.
O presidente também citou a "Vaza Jato", série de reportagens do site The Intercept Brasil que divulgou trocas de mensagens entre Moro e outros da Lava Jato. Bolsonaro afirmou que acompanhou o ex-juiz em vários eventos para "dar moral" para o então ministro. "Quando estourou aquele caso da Vaza Jato, o que eu fiz com ele dia 11 de junho para fortalecê-lo, porque ele estava abatido: eu fui com ele no evento da Marinha. Logo depois, estive aqui no Mané Garrincha, no jogo do Flamengo, dando moral para ele", disse o chefe do Executivo, mostrando uma foto com o ex-juiz no estádio. "Mentiroso deslavado. Ficar fazendo campanha na base da mentira? Aprendeu rápido, hein, Sergio Moro? Aprendeu rápido a velha politica", concluiu.
Jair Bolsonaro também voltou a criticar a imprensa, entre ela o jornal Folha de São Paulo e o jornalista William Bonner. "Vou fazer uma vaquinha para ele (Willian) que teve seu sálario reduzido", disparou o presidente da república. Além das ofenças diretas para a imprensa, Bolsonaro voltou a falar contra os passaportes de vacinação e dos decretos do Auxílio-Gás e do Programa Alimenta Brasil, no Planalto.
Em argumento contra a vacinação, o presidente citou a Organização Mundial de Saúde (OMS) e disse que os vacinados podem se contaminar, transmitir COVID-19 e morrer. "Não façamos da vacina uma batalha, um cavalo de batalha para objetivar fins políticos lá na frente", disse. "O governo federal não deixou de poupar esforços para que todos aqueles que voluntariamente quisessem se vacinar o fizessem. Entendo eu que aquelas autoridades outras que estão exigindo passaporte vacinal numa lei de fevereiro do ano passado, onde não existia ainda a vacina, estão extrapolando", acrescentou.
Ainda de acordo com o presidente, a liberdade de vacinar é de cada cidadão brasileiro no que "depender do governo federal". Durante a live, o chefe do Executivo revelou que viajará à Rússia acompanhado de ministros entre fevereiro e março. "Vamos aqui nos preparar para fazer dessa visita uma oportunidade de alavancar nossa economia", disse Bolsonaro.