Lula é condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção
Ex-presidente recebeu propinas de empreiteiras através de reformas em um sítio em Atibaia, interior de São Paulo
(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão nesta quarta-feira (6) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia, interior de São Paulo.
A sentença dada pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, é de primeira instância. Esta é a segunda condenação do petista na Operação Lava Jato e sua defesa poderá recorrer da decisão. Lula está preso em Curitiba (PR) desde abril de 2018, onde cumpre pena de 12 anos e 1 mês pela ação do triplex no Guarujá, litoral de São Paulo.
"O condenado recebeu vantagem indevida em decorrência do cargo de Presidente da República, de quem se exige um comportamento exemplar enquanto maior mandatário da República", disse Gabriela na sentença.
A condenação desta quarta é referente à denúncia de que Lula havia recebido propinas das empreiteiras Odebrecht, OAS e Schahin na forma de reformas estimadas em mais de R$ 1 milhão em um imóvel no interior paulista.
O sítio estava no nome de Fernando Bittar, filho de Jacó Bittar, amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas. De acordo com a Lava Jato, o sítio passou por três reformas. A primeira, estimada em R$ 150 mil, foi administrada pelo pecuarista José Carlos Bumlai. A segunda foi feita pela Odebrecht, custando R$ 700 mil e a terceira e última foi supervisionada pela OAS com o valor de R$ 170 mil.
A ação do sítio Santa Bárbara foi a terceira ação penal da Lava Jato contra o ex-presidente. Além deste caso e do triplex, Lula ainda é acusado por corrupção e lavagem de dinheiro referentes a propinas da Odebrecht em um terreno ligado ao Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo.