EUA devem anunciar sanções contra o Irã nos próximos dias, diz governo
Restrições devem englobar o programa de mísseis e drones do país, utilizado no ataque contra Israel
O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o país irá impor sanções contra o Irã nos próximos dias, em resposta ao ataque iraniano em Israel. Em comunicado na terça-feira (16), ele afirmou que as restrições irão englobar o programa iraniano de mísseis e drones – utilizado no ataque contra Israel.
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Além das sanções, Sullivan informou que Washington continuará trabalhando para fortalecer e expandir “a integração bem-sucedida” da defesa aérea e antimísseis e dos sistemas de alerta precoce em todo o Oriente Médio. A ação, segundo o conselheiro, visa minar ainda mais a eficácia das capacidades de mísseis e drones do Irã.
"Estas ações darão continuidade a uma pressão constante para conter e degradar a capacidade e eficácia militar do Irã e confrontar toda a gama dos seus comportamentos problemáticos. Nos últimos três anos, além das sanções relacionadas com mísseis e drones, os Estados Unidos sancionaram mais de 600 indivíduos e entidades ligadas ao terrorismo, ao financiamento do terrorismo e comércio ilícito”, disse Sullivan.
Ele informou ainda que o presidente Joe Biden está coordenando uma “resposta abrangente” ao ataque iraniano em Israel. A discussão está sendo feita com aliados e parceiros do G7 – grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo.
Relembre o ataque
O ataque iraniano, feito no último sábado (13), ocorreu em resposta ao bombardeio israelense que atingiu o prédio consular iraniano na capital síria, Damasco, matando dois generais iranianos, no início de abril. Essa foi a primeira vez que o Irã lançou um ataque militar direto contra Israel, apesar de décadas de inimizade entre os governos.
Ao todo, foram lançados mais de 300 mísseis e drones contra Israel. A grande maioria dos lançamentos (99%) não conseguiu atingir os alvos ou foi derrubada pela defesa aérea de Israel, auxiliada por parceiros, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e França.
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A tensão entre os países vem sendo motivo de preocupação na comunidade internacional, sendo debatida em conselhos internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e blocos econômicos. Os países temem uma escalada de violência no Oriente Médio, uma vez que os governos continuam prometendo respostas e retaliações.