Biden classifica como "perda de tempo" inquérito de impeachment contra ele
Deputados investigam se ele favoreceu os negócios de um dos filhos na Ucrânia
O presidente americano, Joe Biden, classificou como "perda de tempo" a formalização do inquérito de impeachment contra ele na Câmara. Os deputados investigam se ele favoreceu os negócios de um dos filhos no exterior.
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No plenário lotado, a votação foi para formalizar o inquérito, aberto em setembro, que avalia denúncias contra o presidente dos Estados Unidos. Foram 221 votos a favor e 212 contra.
Deputados republicanos apuram se Joe Biden usou a influência quando era vice-presidente na gestão de Barack Obama para favorecer os negócios do filho, Hunter, com uma empresa de energia ucraniana.
Três comitês da Câmara já coletaram cerca de 40 mil páginas de documentos, como registros bancários, e ouviram dezenas de horas de depoimentos de testemunhas, mas não encontraram provas contra o presidente.
A abertura formal do inquérito dá mais poderes aos republicanos para, por exemplo, realizar intimações.
"Eles têm uma montanha de evidências e todas mostram que Joe Biden não é culpado de qualquer evento envolvendo a presidência. As próprias testemunhas já falaram que não há o que justifique um impeachment", disse o deputado democrata Jamie Raskin.
O também democrata Robert Garcia disse que os republicanos "inventaram" este processo porque Donald Trump quer ser presidente de novo e integrantes do partido vão fazer de tudo para elegê-lo.
O filho de Joe Biden, envolvido nas acusações, chegou a ser intimado. Ele reforçou a inocência do pai, mas disse que só falaria em uma audiência pública, e não a portas fechadas no Congresso.
"Eu já cometi erros na vida, desperdicei oportunidades e, por isso, sou responsável", disse Hunter Biden, que é acusado de sonegação fiscal e de compra ilegal de arma de fogo.
A Casa Branca se referiu ao inquérito de impeachment aberto pelos republicanos no Congresso como uma "façanha política sem fundamento". O presidente Joe Biden afirmou que o processo é uma perda de tempo, enquanto os parlamentares, segundo ele, deveriam ter outras prioridades, como, por exemplo, colocar em votação mais ajuda financeira à Ucrânia e a Israel.