Israel direciona ataques para o sul da Faixa de Gaza
Bombardeios atingiram Rafah e Khan Younis, que eram descritas como áreas seguras por Israel
Após ordenar que a população do norte de Gaza seguisse para o sul, Israel agora pede que os moradores dessa área também abandonem suas casas.
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Nas últimas horas, o exército intensificou os ataques contra a região e alega ter destruído, ali, ao menos 200 alvos do Hamas.
Imagens foram divulgadas pelo exército de Israel, que afirma ter entrado em confronto direto com militantes do grupo extremista.
"Nosso objetivo é a desmilitarização total de Gaza e depois a sua reconstrução com a ajuda internacional", disse o porta-voz de Israel.
Os últimos bombardeios atingiram Rafah e Khan Younis, que ficam no sul do território palestino, e eram descritas por Tel Aviv, até pouco tempo, como áreas seguras.
"Eles nos forçaram a deixar o norte. Agora, também vamos ter que deixar o sul? Para onde vamos?", questiona uma senhora, que vive junto das filhas em um acampamento sem banheiros ou água encanada.
Um dos bombardeios atingiu um orfanato. Ao menos 32 corpos foram retirados do local. O número de mortos na Faixa de Faza chega a quase 16 mil.
Com os hospitais lotados, pacientes são atendidos do lado de fora, em meio ao som dos aviões israelenses e de novos ataques.
Já Israel divulgou, nesta 2ª feira (4.dez), a morte de 15 dos 137 reféns que seguem em poder do Hamas. Parentes pediram uma reunião de emergência com o gabinete de guerra.
"Meu filho sabe que eu não vou desistir dele. Eu preciso ouvir o mesmo dos nossos governantes", disse uma mulher, que também teve a mãe levada pelos extremistas. Yaffa Adar, de 85 anos, era a refém mais velha do Hamas, e foi libertada na primeira troca por prisioneiros palestinos, há 10 dias.
Depois de Israel retirar-se da mesa de negociações, o Hamas afirmou que não vai libertar mais ninguém enquanto não houver um cessar-fogo definitivo. Apesar dos apelos internacionais, a ofensiva israelense segue sem qualquer expectativa de acordo.