Mais pessoas podem morrer de doenças do que de bombardeios em Gaza, diz OMS
Esgoto nas ruas e falta de coleta de resíduos está aumentando a proliferação de infecções
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, nesta 3ª feira (28.nov), que há uma forte probabilidade de os civis na Faixa de Gaza morreram mais por doenças do que por bombardeios. Segundo a entidade, que atua no local, o sistema de saúde está quase entrando em colapso em muitas regiões, sobretudo devido à falta de insumos e energia.
+ Acompanhe a cobertura da guerra em Israel
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"O Hospital Árabe Al-Ahli é um dos quatro hospitais parcialmente funcionais restantes no norte de Gaza. O hospital está atualmente muito além de sua capacidade normal e está enfrentando uma escassez aguda de suprimentos médicos, combustível, água e alimentos, prejudicando sua capacidade de tratar efetivamente os pacientes", disse a OMS.
Além da falta de estrutura, os conflitos entre Israel e Hamas fizeram com que muitos esgotos transbordassem para as ruas em Gaza, aumentando a rápida propagação de doenças infecciosas. A falta da coleta de resíduos, influenciada pela falta de combustível, também está criando um ambiente propício à proliferação de insetos e roedores.
+ Israel e Hamas prorrogam cessar-fogo por mais dois dias
"A OMS apela para que todos reforcem, restaurem e protejam ativamente o sistema de saúde em Gaza. Também é importante manter o acesso à ajuda humanitária em escala em Gaza, assim como garantir o fornecimento sustentado e rápido de suprimentos para hospitais funcionais no norte", disse a OMS, apelando por um cessar-fogo total.