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Bombardeios israelenses matam médicos em Gaza e jornalistas no Líbano

Guerra no Oriente Médio já é a mais mortal para jornalistas e número de ataques a instalações de saúde é recorde

Bombardeios israelenses matam médicos em Gaza e jornalistas no Líbano
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Em menos de 24 horas, bombardeios israelenses mataram dois jornalistas no Líbano e quatro médicos na Faixa de Gaza. Segundo a emissora libanesa Al Mayadeen, a correspondente Farah Omar, e o fotógrafo Rabih al-Maamari, foram atingidos em um ataque israelense à cidade de Tair Harfa, no sul do Líbano, ao meio-dia (horário local) desta 3ª feira (21.nov).

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Farah Omar estava no local para cobrir os últimos acontecimentos na região, e havia feito a última entrada ao vivo no canal uma hora antes.

Em nota, o primeiro-ministro do Líbano afirmou que o ataque prova "que não há limites para os crimes de Israel", e que o objetivo "é silenciar os meios de comunicação que expõem os seus crimes e ataques". No mês passado, um bombardeio na cidade de Aalma Ech Chaab, também no sul, matou o cinegrafista da agência de notícias internacional Reuters, Issam Abdullah, e deixou outros quatro jornalistas feridos. 

A correspondente Farah Omar, e o fotógrafo Rabih al-Maamari, mortos nesta 3ª feira (21.nov), no Líbano
A correspondente Farah Omar, e o fotógrafo Rabih al-Maamari, mortos nesta 3ª feira (21.nov), no Líbano | Reprodução /Al Mayadeen

Segundo o Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), desde o início do conflito entre Israel e grupo Hamas, em 7 de outubro, 53 jornalistas e funcionários de mídia foram mortos, tornando o período o mais mortal para jornalistas desde que o CPJ começou a coletar dados, em 1992. 

Ataque ao hospital Al-Awda

Também nesta 3ª feira (21.nov), quatro médicos foram mortos em um ataque ao Hospital Al Awda, no norte da Faixa de Gaza. A informação foi divulgada no X, antigo Twitter, pelo Crescente Vermelho palestino, braço da Cruz Vermelha, e confirmada pela organização Médicos Sem Fronteiras, da qual três das vítimas faziam parte. 

Elas foram identificadas como Mahmoud Abu Nujaila, Ahmad Al Saha e Ziad Al-Tatari pelo MSF. Em nota, a organização informou que os médicos estavam no centro hospitalar quando o terceiro e quarto andar foram atingidos, e que outras equipes médicas, incluindo equipes da própria MSF, também ficaram gravemente feridas. 

A organização condenou "veementemente" o ataque e reiterou que compartilha a presença de suas equipes com todas as partes em conflito." Apelamos mais uma vez ao respeito e à proteção das instalações médicas, dos funcionários e dos pacientes", afirmou. 

Hospitais de Gaza tem sido alvos frequentes de bombardeios. Israel alega que o grupo Hamas utiliza hospitais e escolas como centro de comando. Nessa 2ª feira (20.nov), um ataque israelense ao Hospital Indonésio, também no norte da Faixa de Gaza, matou ao menos 12 pessoas, segundo o Ministério da Saúde da Palestina. Ainda segundo a pasta, tanques cercaram o centro médico, um dos poucos que ainda continuam em funcionamento na região. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 7 de outubro, foram registrados 335 ataques a centros de saúde em territórios palestinos ocupados, incluindo 164 ataques na Faixa de Gaza e 171, na Cisjordânia ocupada. Bombardeios sistemáticos à Faixa de Gaza, incluindo a hospitais e escolas, vêm sendo alvos de críticas das Nações Unidas, que classifica a resposta de Israel ao ataque sem precedente do Hamas, com 1.200 mortos, como "punição coletiva".

Desde o início das agressões, mais de 14.180 palestinos foram mortos, incluindo 5,840 crianças. Cerca de 4 mil estão desaparecidos. 

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