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Sem combustível, serviços de comunicação da Faixa de Gaza ficam inoperantes

ONU alerta que novo apagão impede a coordenação de entrada de ajuda humanitária no enclave palestino

Sem combustível, serviços de comunicação da Faixa de Gaza ficam inoperantes
Gaza destruida após bombardeios israelenses
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As comunicações telefônicas e de internet na Faixa de Gaza foram interrompidas nesta 5ª feira (16.nov) devido à falta de combustível, informou a principal companhia de telecomunicações palestina, a Paltel.

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"Lamentamos anunciar que todos os serviços de telecomunicações na Faixa de Gaza estão fora de serviço, uma vez que todas as fontes de energia que sustentam a rede foram esgotadas, e não foi permitida a entrada de combustível", afirmou a empresa no X, antigo Twitter. 

Este é o quarto apagão no enclave palestino desde o início das operações militares israelenses na região em resposta ao ataque sem precedentes do grupo armado Hamas em 7 de outubro, quando 1.200 pessoas foram mortas e 240 feitas reféns. O número de mortos na Faixa de Gaza já chega a 11.500, 70% das vítimas são crianças e mulheres. 

Sem comunicação, não há como coordenar a entrada de comboios de ajuda humanitária pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, alertou a agência para refugiados palestinos da ONU, a UNRWA. 

"Gaza passa agora pelo quarto apagão de comunicações e, como resultado, não haverá operação transfronteiriça na passagem Rafah amanhã de manhã", informou Juliette Touma, diretora de comunicações da UNRWA, à jornalistas em Amã, na Jordânia.

A interrupção da entrada de ajuda humanitária deve agravar ainda mais a situação no território. Segundo a ONU, 70% da população de Gaza, quase 1,5 milhão de pessoas, foi deslocada pelo conflito. Além disso, Israel vem danificando sistematicamente habitações e infraestruturas civis e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

Desde a retomada da entrada de comboios de ajuda humanitária, em 21 de outubro, foram permitidos no território 1,129 caminhões. Desses, apenas 447 transportavam alimento e a entrada de combustível continua impedida por Israel. Antes do início das hostilidades, uma média de 500 caminhões entravam em Gaza diariamente. 

Segundo a FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, os alimentos que entraram em Gaza são apenas suficientes para satisfazer 7% das necessidades calóricas mínimas diárias da população.

"O fornecimento de alimentos e água é praticamente inexistente em Gaza e apenas uma fração do que é necessário chega através das fronteiras. Com o inverno se aproximando, os abrigos inseguros e superlotados e a falta de água potável, os civis enfrentam a possibilidade imediata de morrer de fome", afirmou a Diretora Executiva do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM), Cindy McCain, nesta 5ª feira. 

A falta de combustível também afeta a entrega de água potável. De acordo com a ONU, 70% da população do sul de Gaza já não tem mais acesso à água potável, e o esgoto começará a invadir as ruas por falta de combustível para realizar o bombeamento do sistema.

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