Diplomatas dos 27 países da União Europeia se reúnem em Kiev

Uma delegação com ministros das Relações Exteriores dos 27 países da União Europeia fizeram uma visita não anunciada a Kiev, nesta 2ª feira (2.out). A reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, demonstrou o "compromisso claro" do bloco europeu com a Ucrânia na guerra contra a Rússia, que já dura 19 meses. Foi a primeira vez que os diplomatas se reuniram fora do bloco, e em uma zona de guerra.

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O chefe de política externa da União Europeia, que liderou a delegação, rejeitou as preocupações sobre a tensão política no bloco, devido ao apoio de longo prazo dos europeus à luta da Ucrânia.

As conversas ocorreram após a vitória eleitoral do ex-primeiro-ministro Robert Fico no fim de semana na Eslováquia, integrante da União Europeia, cuja agenda pró-Rússia aumentou os pontos de interrogação sobre o apoio contínuo da UE a Kiev. O partido mais votado nas eleições deste fim de semana é aquele que defende o fim do envio de armas para a Ucrânia e das sanções à Rússia. Nesta 2ª feira, a presidente do país parlamentarista, Zuzana Caputová, deu a Fico o mandato para formar um novo governo.

A Eslováquia é um país pequeno, tem apenas cinco milhões de habitantes, Mas proporcionalmente ao tamanho da sua economia, está entre os cinco maiores doadores de armas para a Ucrânia e agora, ao lado da Hungria, poderá ser mais uma voz dessoante dentro do bloco europeu.

A Rússia aposta exatamente que a Ucrânia perderá apoio e que isso, diz o porta-voz da presidência do país, Dmitry Peskov, vai causar uma fragmentação política na Europa. Um processo que os próprios russos tentam acelerar, segundo os europeus, com campanhas de desinformação ou de ataques, como o que aconteceu neste fim de semana, com o site da Família Real Britânica, dias depois do Rei Charles III condenar a invasão da Ucrânia. O site ficou uma hora e meia fora do ar. Um grupo de hackers russos assumiu a autoria do ataque.