Itália volta a pedir que União Europeia intervenha em crise migratória
País é um dos principais destinos na rota do Mediterrâneo e precisou declarar estado de emergência
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Itália, António Tajani, voltou a pedir um parecer da União Europeia (UE) sobre a crise migratória na Europa. Segundo ele, a situação internacional está se deteriorando cada vez mais, fazendo com que moradores da África, por exemplo, se vejam obrigados a atravessar o mar do Mediterrêneo.
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"A Itália pediu com grande firmeza que a questão da migração seja abordada a nível da União Europeia. Estamos a agir para controlar a situação, mas é necessária uma ação por parte da UE, conforme foi solicitado pelo (presidente italiano, Sergio) Mattarella, porque a situação é objetivamente complicada", disse Tajani, à Rainews24.
A crise migratória no território italiano vem se intensificando desde 2021, sobretudo com o aumento de travessias da rota do Mediterrâneo Central - que vai da Líbia à Itália. De acordo com o Ministério do Interior, mais de 52 mil refugiados foram recebidos pelo governo em 2021, quase o dobro do registrado no mesmo período em 2020.
Como a rota do Mediterrâneo é uma das mais perigosa, muitos viajantes acabam morrendo no trajeto, enquanto outros precisam ser resgatados por organizações não-governamentais. O cenário eleva a tensão entre os países, que precisam discutir quem irá receber os passageiros.
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Por ser um dos principais destinos dos migrantes, a Itália precisou declarar estado de emergência em abril, determinando o envio de 5 milhões de euros às regiões que lidam com o aumento do fluxo migratório. Mattarella, no entanto, já afirmou que a medida é temporária e que é preciso "um compromisso concreto e constante da União Europeia" no caso.
