Johnson & Johnson é condenada a pagar R$ 90 mi em caso de câncer causado por talco
Decisão foi tomada pelo júri da Califórnia; empresa disse que irá recorrer
A empresa Johnson & Johnson foi condenada a indenizar em US$ 18,8 milhões (R$ 90,2 milhões) um consumidor nos Estados Unidos que diz ter desenvolvido câncer devido à exposição ao talco para bebês. A decisão foi tomada pelo júri da Califórnia, na 3ª feira (18.jul), dando vitória a Emory Valadez, que moveu a ação no ano passado.
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No processo, Emory alegou ter desenvolvido mesotelioma, um câncer no tecido ao redor do coração, devido à exposição ao talco infantil fabricado pela empresa. Após a avaliação do caso, que durou cerca de seis semanas, o júri concluiu que o consumidor tinha direito à indenização para compensar as despesas médicas e sofrimento.
Em comunicado, a vice-presidente de litígios da Johnson & Johnson, Erik Hass, afirmou que a empresa vai recorrer da decisão. "Há avaliações científicas independentes que confirmam que o Talco Johnson é seguro, não contém amianto e não causa câncer", disse.
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A Johnson & Johnson deixou de fabricar o talco para bebês neste ano em meio a milhares de processos iguais ao de Emory. Desde então, a companhia vem tentando convencer outros consumidores a aceitar um acordo de US$ 8,9 bilhões - oferecido como parte do caso de falência apresentado pela unidade LTL Management.