Resumo da semana: terror no RN, âncora fiscal e protestos na França
Confira esses e outros fatos que repercutiram nos últimos dias no Brasil e no mundo
A semana foi intensa em território nacional e internacional. Enquanto o Brasil registrava atos criminosos no Rio Grande do Norte, a França embarcou em uma onda de protestos e greves devido à aprovação da reforma da previdência. O cenário também foi negativo no setor econômico, que teve solavancos fortes quando o banco suíço Credit Suisse contabilizou queda de mais de 20% nas ações. Já no judiciário, uma nova decisão envolvendo as joias sauditas do governo Bolsonaro foi anunciada.
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Essas e outras notícias você confere no resumo da semana do SBT News. Veja:
Onda de violência leva Força Nacional para o Rio Grande do Norte
Após registrar duas noites de violência, o Rio Grande do Norte recebeu, na 4ª feira (15.mar), agentes da Força Nacional e da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP). Os grupos, compostos por mais de 200 policiais, atuam no combate às ações criminosas no estado, que vem sofrendo com incêndios, depredação de prédios públicos e troca de tiros.
O governo afirma que as ações são uma resposta às operações de combate ao tráfico e ao crime organizado. Também acredita-se que os criminosos estejam insatisfeitos com mudanças implementadas pelo poder público local no sistema carcerário do estado. A suspeita é que o Sindicato do Crime - facção criminosa - esteja por trás dos crimes.
Após SVB e SB, Credit Suisse provoca risco de crise no setor bancário
Após uma semana difícil com a quebra dos bancos norte-americanos Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank (SB), o mercado financeiro enfrentou mais um solavanco com o europeu Credit Suisse. Na 4ª feira (15.mar), a instituição financeira teve desvalorização de 25% nas ações devido à uma crise de confiança de investidores e correntistas.
O Saudi National Bank, por exemplo, um dos principais acionistas, informou que não iria apoiar a instituição com um aumento da participação no capital por conta de questões regulatórias. Em meio ao cenário turbulento, o Credit Suisse informou que iria tomar um empréstimo de US$ 54 bilhões do Banco Nacional da Suíça - equivalente ao Banco Central - para fortalecer a liquidez da empresa.
Franceses voltam às ruas após aprovação da reforma da previdência
Milhares de franceses voltaram às ruas de Paris e de outras cidades para protestar contra a aprovação da reforma da previdência, anunciada na tarde de 5ª feira (16.mar). A medida, que aumenta a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos, foi deferida sem o aval do Parlamento, por meio do artigo 49.3 da Constituição francesa.
Como temido, as manifestações, que ocorrem há meses, ficaram mais violentas. Em Paris, a polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para tentar conter os atos. Já no Congresso, parlamentares afirmaram que irão apresentar uma moção de desconfiança contra o presidente Emmanuel Macron, o que pode derrotar o governo.
TCU determina que Bolsonaro devolva joias sauditas
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, na 4ª feira (15.mar), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devolva o segundo pacote de joias enviado pela Arábia Saudita, em 2021. Os itens, que valem mais de R$ 500 mil, entraram no Brasil de forma ilegal, sem que fosse feita a declaração dos bens para a Receita Federal.
Bolsonaro também terá que entregar para a Secretaria-Geral da Presidência da República uma pistola e um fuzil que recebeu em 2019, depois de uma missão internacional pelo Oriente Médio. Para os ministros, não há dúvidas que esses bens não poderiam ter sido incorporados ao acervo pessoal do ex-presidente.
Haddad apresenta proposta de novo arcabouço fiscal para substituir teto de gastos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a proposta de nova âncora fiscal. O documento, que substitui o antigo teto de gastos, visa criar um mecanismo que permita ao governo fazer investimentos e despesas sem gerar descontrole nas contas públicas.
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