China e Rússia realizam exercícios navais conjuntos no Oceano Índico
Mesmo em meio a tensões, EUA afirmou que não enxerga treinamento como ameaça
A Marinha da China e da Rússia iniciaram, nesta 4ª feira (15.mar), exercícios conjuntos no Golfo de Omã, localizado no Oceano Índico. Segundo o Ministério de Defesa chinês, as atividades têm como objetivo aprofundar a cooperação prática entre as forças navais dos países, bem como assegurar a estabilidade regional.
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A pasta informou que, além dos países, outras nações também participam dos exercícios, como o Irã. A expectativa é que as atividades, realizadas também nos anos de 2019 e 2022, aconteçam até o próximo domingo (19.mar).
A operação acontece em meio a tensões dos governos chinês e russo com os Estados Unidos. No caso de Pequim, as autoridades criticam a defesa de Washington em relação à integridade territorial de Taiwan, reivindicada pelo governo. Já com Moscou, o país norte-americano é acusado de participar ativamente da guerra na Ucrânia.
Em meio ao cenário, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional de Washington, John Kirby, afirmou que a Casa Branca não enxerga o treinamento como ameaça. O advogado explicou que os Estados Unidos e outras nações também realizam exercícios conjuntos e que essa não é a primeira vez que os russos e os chineses treinam juntos.
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"Vamos assistir, vamos monitorá-lo, obviamente, para garantir que não haja ameaça resultante deste exercício de treinamento para nossos interesses de segurança nacional ou os de nossos aliados e parceiros na região", disse Kirby à CNN. "Mas as nações treinam. Fazemos isso o tempo todo. Vamos assistir da melhor forma possível", completou.