Violência em protestos no Peru aumenta após presidente pedir trégua
Manifestantes continuam entrando em confronto com policiais; número de mortos chega a 56
Manifestantes que pedem a renúncia da presidente do Peru, Dina Boluarte, ficaram mais violentos após a política emitir um pedido de trégua. Na 3ª feira (24.jan), centenas de protestantes voltaram às ruas da capital, Lima, e confrontaram policiais, resultando no ato mais violento desde a última semana.
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Até o momento, 56 pessoas morreram em decorrência dos protestos, enquanto os danos à infraestrutura já somam US $ 3 bilhões. Em comunicado, Boluarte afirmou que reconhece o direito das manifestações, mas que os atos não podem ser acompanhados de violência. "Não me cansarei de chamá-los ao diálogo, à paz e à unidade", disse.
Os protestos no Peru acontecem desde dezembro do ano passado, quando Boluarte assumiu o comando do país após o ex-presidente Pedro Castillo ser preso por tentativa de golpe de Estado. Além da renúncia da líder e da soltura de Castillo, os manifestantes pedem a dissolução do Congresso e mudanças na Constituição.
PERU ?? Anti-government protests are ongoing in Lima, where citizens are demanding President Dina Boluarte's resignation and are also calling for a new election.
? Aprajita Choudhary ? (@aprajitanefes) January 25, 2023
Peru has gone through five presidents in two years. pic.twitter.com/zKRlQi7qEn
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Assim como Boluarte, alguns líderes da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) culparam o ex-presidente pela polarização política no país e pelo aumento da violência. O líder do Chile, Gabriel Boric, por exemplo, classificou tanto os protestos quanto a repressão policial como "inaceitáveis".
