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Lecanemab: remédio experimental consegue retardar progressão do Alzheimer

Efeitos colaterais, no entanto, levantam preocupação quanto a uso do medicamento

Lecanemab: remédio experimental consegue retardar progressão do Alzheimer
Médico mostra diferença entre um cérebro de uma pessoa com Alzheimer e uma pessoa sem a doença
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As farmacêuticas Biogen e Eisai Co. Ltd. apresentaram nesta 3ª feira (29.nov) os resultados completos de um estudo clínico global, em fase 3, com o fármaco experimental lecanemab no tratamento da doença de Alzheimer. O medicamento atrasou a piora dos pacientes em cerca de cinco meses ao longo do estudo, de 18 meses, mas os resultados também levantaram algumas preocupações pelos efeitos colaterais, que incluem inchaço no cérebro, algo que foi observado em cerca de 13% dos 1.795 pacientes que participaram dos testes.

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Os dados, apresentados em uma reunião sobre Alzheimer em São Francisco e publicados no The New England Journal of Medicine, reforçam a hipótese de que o acúmulo anormal da proteína amiloide no cérebro é uma das principais causas da doença de Alzheimer.

O Lecanemab busca remover essa proteína antes que ela forme uma placa no cérebro e tornou-se um dos primeiros medicamentos experimentais do tipo. A Food and Drug Administration, Anvisa dos Estados Unidos, pode aprovar já em janeiro o uso do medicamento em seu programa acelerado, tornando o país o único a ter dois remédios anti-amiloide no mercado. 

+ Nova droga retarda declínio cognitivo causado pelo Alzheimer, diz estudo

Mas os médicos estão divididos sobre quanta diferença as mudanças causadas pelo remédio podem fazer para pacientes e familiares.

"É improvável que a pequena diferença relatada neste estudo seja perceptível por pacientes individuais", disse o Dr. Madhav Thambisetty, do Instituto Nacional do Envelhecimento, que observou que não estava falando pela agência governamental, à Associated Press.

Isso porque os pesquisadores rastrearam a progressão da doença usando uma escala de 18 pontos que mede a capacidade cognitiva e funcional. Aqueles que receberam lecanemab diminuíram mais lentamente -- uma diferença de menos de meio ponto nessa escala -- o que significa que os receptores de lecanemab tiveram 31% menos probabilidade de avançar para o próximo estágio da doença durante o estudo.

Segundo Thambisetty, uma melhora significativa exigiria pelo menos uma diferença de um ponto na escala de 18 pontos.

* Com informações da Associated Press

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