COP27: Estudo mostra que não diminuiu uso do carvão para gerar energia
Demanda se mantém estável há dez anos, mesmo com promessas de diminuição
Apesar de já terem se comprometido com metas zero carbono na geração de energia elétrica -- cada país durante um período diferente --, nenhum deles põe em prática tais planos. É o que revelou o estudo "Carvão em Transições Net Zero: Estratégias para Mudanças Rápidas, Seguras e Centradas nas Pessoas", da Agência Internacional de Energia (AIE), apresentado nesta 3ª feira (15.nov) na 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27).
O evento que poderia ser palco de bons exemplos, na verdade, mostrou que a demanda de carvão não caiu na última década e, sim, manteve seu nível. Ao continuar assim, as emissões de carbono na geração de energia a carvão levariam o mundo a ultrapassar o limite de 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais de aquecimento global.
Nessa edição da COP, um dos maiores poluentes, a Índia, surpreendeu ao lançar uma política de neutralização que deverá ser cumprida até 2070. Surpreendeu em partes. Porque em outros anos se esquivava dos debates. Então, ter um plano é um avanço. Porém, o longo prazo não parece ser eficiente. Mesmo lançando, os indianos ainda abriram parênteses, demonstrando insatisfação em ceder à pressão internacional. Para eles, seria injusto atacar o carvão, usado principalmente pelos países em desenvolvimento. Outros combustíveis fósseis, usados nos países desenvolvidos, continuam em uso.
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