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"Defendemos o princípio de territorialidade da Ucrânia", diz Brasil na ONU

Em Washington DC, o porta-voz do Departamento de Estado repercutiu a votação desta 4ª, na sede das Nações Unidas em Nova York; Ned Price disse que a Rússia está isolada

"Defendemos o princípio de territorialidade da Ucrânia", diz Brasil na ONU
Votação na ONU
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Washington DC -- As delegações diplomáticas dos 193 países votaram nesta 4ª feira (12.out), na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, uma resolução sobre a anexação dos territórios ucranianos ocupados militarmente pela Rússia e também o referendo popular que Moscou afirma ter feito de forma livre e verdadeira com a população ucraniana.  A grande maioria das delegações, 143, votou pelo sim, ou seja, a favor da resolução que condena tanto a anexação dos territórios ucranianos pela Rússia quanto condena o referendo popular conduzido por Moscou. O Brasil está na lista da maioria. Apenas cinco países foram contra a resolução: a própria Rússia, Nicarágua, Coréia do Norte, Síria e Belarus.

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No discurso no pódium da Assembleia Geral, o embaixador brasileiro João Genésio de Almeida Filho justificou o voto: "Como já dissemos no Conselho de Segurança, o Brasil não acredita que populações em áreas de conflito podem expressar de forma livre sua opinião sobre seu desejo através de um referendo. O resultado é que isso (referendo) não constitui uma expressão válida do desejo e não pode ser considerado legítimo".

Almeida Filho ainda afirmou: "Votamos em favor também porque defendemos o princípio da integridade territorial da Ucrânia assim como de todos os Estados membros O direito internacional e a carta da ONU devem ser respeitados e preservados". 

O Brasil ainda afirmou que o país está desapontado que a proposta sugerida para que a resolução incluísse uma mensagem clara pedindo que os atores no conflito parem as hostilidades e se comprometam com a paz não foi incluída no texto. "Nosso papel é criar espaço para uma resolução pacífica do conflito para que isso resulte de uma forma diplomática e diálogo político", acrescentou o embaixador brasileiro.

O Brasil ainda demonstrou na ONU preocupação profunda por todas as ameaças explícitas e implícitas envolvendo o uso de armas nucleares no conflito. 

Enquanto as delegações discursavam na ONU, o porta-voz do Departamento de Estado dava uma entrevista coletiva na capital americana. Minutos antes da votação, em Nova York, Ned Price foi questionado pelo SBT sobre como os Estados Unidos iriam avaliar os votos dos países que escolhessem não respaldar a resolução.

"Mais importante que um país ou bloco de países, o que realmente importa é a carta de princípios da ONU", disse Ned Price, afirmando que a resolução das Nações Unidas mostra que não é possível um país anexar territórios pela força. "Preservar estes princípios é a questão mais importante", apontou. 

Na capital americana, o porta-voz do Departamento de Estado afirmou que a Rússia está isolada nas Nações Unidas e que os países que votaram pelo "não" fazem parte de um grupo que fere a carta da ONU. 

Sobre as abstenções -- foram 35 incluindo países como Bolívia, China, Índia e África do Sul --, Ned Price disse que o painel da ONU é uma métrica, mas não é a única, havendo outras instituições onde a reprovação pelos atos da Rússia foi demonstrada. "Ao longo deste conflito vemos países que primeiramente eram neutros e depois escolherem abertamente condenar os atos da Rússia."

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