Durante protestos, manifestantes ateiam fogo em carros de polícia no Irã
População pede esclarecimento sobre Mahsa Amini, que morreu após ser presa por usar véu incorretamente
Em mais um dia de protestos contra a morte de Mahsa Amini, manifestantes enfrentaram as forças de segurança e atearam fogo em veículos da polícia do Irã. As ações, registradas na madrugada desta 5ª feira (22.set), aconteceram na cidade de Nowshahr, enquanto em outros locais, como Teerã e Mashhad, centenas de pessoas foram às ruas.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Durante as manifestações, mulheres gritavam pedindo esclarecimentos sobre Mahsa, que morreu, aos 22 anos, sob custódia da chamada Polícia da Moralidade três dias após ter sido detida. Ela foi acusada de usar o hijab - véu obrigatório no país - incorretamente, deixando partes do cabelo à mostra.
Apesar da polícia afirmar que o óbito foi causado por um "ataque cardíaco repentino", a família da jovem, assim como os manifestantes, acredita que ela foi torturada. O caso desencadeou uma enorme indignação na população, resultando nos piores protestos no Irã desde 2019, quando o governo declarou que aumentaria o preço dos combustíveis.
Newly received footage from last night's #IranProtests
? Mitra Motamed (@MitraMotamed) September 22, 2022
Nowshahr, Northern #Iran
Locals attacked vehicles of the regime's state police.#MahsaAmini #RaisiMassMurderer#?????_?????? pic.twitter.com/t3oX9fBsMw
Iran has shutdown the internet?amid widespread protests over Mahsa Amini's death. This makes it difficult for the Iranian people to organize protests & share info about crackdowns.
? Arctic Friend (@FriendEden100) September 22, 2022
How can we help the Iranians opposing how its regime treats women? #OpIran pic.twitter.com/EfBN1s0mfR
+ Após ameaça de Putin, UE fortalece apoio à Ucrânia e mira novas sanções
Com a onda de protestos, as forças de segurança aumentam a repressão e prenderam centenas de pessoas. Grupos não-governamentais também apontaram para a morte de cinco a oito civis. Na 3ª feira (20.set), a Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a reação violenta das forças e cobrou uma investigação rápida e imparcial sobre as alegações de tortura e maus-tratos.