Polícia alemã investiga declarações de líder palestino sobre Holocausto
Inquérito foi aberto após queixa criminal contra Mahmoud Abbas, que acusou Israel de cometer massacres
A polícia da Alemanha anunciou, nesta 6ª feira (19.ago), que instaurou uma investigação contra o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, por suposta "incitação ao ódio". A ação se refere às recentes declarações do líder, que afirmou que Israel cometeu "50 massacres e 50 holocaustos" contra cidadãos palestinianos.
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Segundo as autoridades, a investigação foi aberta após uma queixa criminal e será enviada em breve ao Ministério Público, que decidirá se prossegue ou arquiva o caso. Isso porque, atualmente, a minimização do Holocausto é uma ofensa criminal na Alemanha, mas a abertura de um inquérito preliminar não implica automaticamente na investigação completa.
No entanto, o governo alemão acredita que Abbas pode ser beneficiado de imunidade diplomática contra uma eventual acusação, uma vez que a declaração foi feita durante visita oficial à Alemanha. Na data, o líder palestino estava ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz, que não reagiu de imediato à fala.
"De 1947 até hoje, Israel cometeu 50 massacres em 50 cidades palestinas, 50 massacres, 50 Holocaustos, e ainda hoje, todo dia há mortos causados pelo exército israelense", disse Abbas, após ser questionado sobre o atentado cometido em 1972 por um comando palestino nos Jogos Olímpicos de Munique, no qual morreram 11 atletas israelenses.
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A declaração foi duramente criticada pelo primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, que mostrou-se indignado com os comentários do líder palestino. "6 milhões de judeus foram assassinados no Holocausto, durante o regime nazista, incluindo 1,5 milhões de crianças judias. A História nunca perdoará", disse.