Meca deve receber 1 milhão de muçulmanos após dois anos de restrições
Somente peregrinos vacinados contra covid-19 podem participar do "Hajj"
Um milhão de peregrinos muçulmanos devem retornar para a cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita, para o maior "Hajj" desde que a pandemia de coronavírus restringiu severamente o acesso a um dos cinco pilares do Islã.
A decisão da Arábia Saudita de permitir que cerca de 850 mil muçulmanos do exterior façam a peregrinação anual, que começa na 5ªfeira (7.jul), marca um grande passo em direção à normalidade após dois anos de um hajj drasticamente reduzido restrito somente a residentes sauditas.
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Os 1 milhão de peregrinos estrangeiros e domésticos participantes ainda são muito menos do que os 2,5 milhões de muçulmanos que viajaram em 2019 para a peregrinação, normalmente uma das maiores reuniões do mundo. Aqueles que irão participar do ritual deste ano devem ter menos de 65 anos, devem estar vacinados contra o coronavírus, e terão que apresentar teste negativo para covid-19 dentro de 72 horas antes da viagem. Os peregrinos são escolhidos entre milhões de candidatos por meio de um sistema de loteria online.
Depois que o coronavírus atingiu o local em 2020, as autoridades sauditas permitiram que apenas 1 mil peregrinos que já residiam no reino participassem, levando os historiadores a comparar a interrupção com a invasão do local por extremistas religiosos e o fechamento dramático em 1979. No ano passado, o hajj foi igualmente restrito a 60 mil muçulmanos totalmente vacinados que vivem na Arábia Saudita. As restrições sem precedentes causaram ondas de choque em todo o mundo muçulmano, devastando muitos crentes que passaram anos economizando para o rito religioso.
Este ano, no entanto, as autoridades sauditas relaxaram as restrições. As peregrinações religiosas renderam US$ 12 bilhões antes da pandemia -- representando a maior porcentagem do produto interno bruto da Arábia Saudita depois do petróleo.
* Com informações da Associated Press