Veja reações à decisão da Suprema Corte dos EUA de revogar aborto legal
Presidente da França, Canadá e premiê do Reino Unido lamentaram. "Aborto é um direito fundamental", escreveu Macron
Nesta 6ªfeira (24.jun), A Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou a decisão que garantia o direito das mulheres a abortar no país. Espera-se que o resultado leve à proibição do aborto em cerca de metade dos estados e tem repercutido tanto nos EUA quanto no mundo.
Líder da Câmara e membro do partido Democrata, Nancy Pelosi, instou os americanos a contrapor-se à decisão nas eleições de novembro. "Por causa de Donald Trump, Mitch McConnell, o Partido Republicano e sua supermaioria na Suprema Corte, as mulheres americanas hoje têm menos liberdade do que suas mães.". "Esta decisão cruel é ultrajante e de cortar o coração. Mas não se engane: os direitos das mulheres e de todos os americanos estão em votação em novembro", escreveu.
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O ex-presidente norte-americano Barack Obama também se mostrou consternado "Hoje, a Suprema Corte não apenas reverteu quase 50 anos de precedente, mas relegou a decisão mais intensamente pessoal que alguém pode tomar aos caprichos de políticos e ideólogos -- atacar as liberdades essenciais de milhões de americanos."
Poucas horas após a decisão por seis votos contra três, Joe Biden se pronunciou na Casa Branca e também pelo Twitter. O atual presidente afirmou que agora, a vida das mulheres está em perigo, e classificou a decisão como extrema: "Tão extrema que as mulheres e meninas serão forçadas a terem o filho de seu estuprador". Ele ainda disse que os direitos das mulheres foram retirados com a medida, e que a ação é uma "sombra" no país.
Ao lado de fora da Suprema Corte, manifestantes contrários a decisão conservadora da Suprema Corte já começaram a encher as ruas em protesto. O país se preparava para este momento desde que um rascunho da decisão vazou em maio.
O presidente da França expressou sua solidariedade às mulheres "cuja a liberdade foi minada pela Suprema Corte dos Estados Unidos."
"O aborto é um direito fundamental de todas as mulheres. Deve ser protegido. Desejo expressar minha solidariedade às mulheres cujas liberdades estão sendo minadas pela Suprema Corte dos Estados Unidos.", escreveu.
Justin Trudeau, presidente do Canadá, também se mostrou contrário a decisão da justiça norte-americana. "As notícias que saem dos Estados Unidos são horríveis. Meu coração está com os milhões de mulheres americanas que agora estão prestes a perder seu direito legal ao aborto. Não consigo imaginar o medo e a raiva que vocês estão sentindo agora.", lamentou.
The news coming out of the United States is horrific. My heart goes out to the millions of American women who are now set to lose their legal right to an abortion. I can?t imagine the fear and anger you are feeling right now.
? Justin Trudeau (@JustinTrudeau) June 24, 2022
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi mais um que utilizou as redes sociais. "Acho que é um grande passo para trás; sempre acreditei que é um direito de escolha da mulher, e é por isso que o Reino Unido tem as leis que tem"
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pontuou que a remoção do acesso ao abordo colocará mais mulheres e meninas em risco de abortos ilegais.
"A assistência ao aborto seguro é essencial para proteger a saúde de mulheres e meninas em todos os lugares. A remoção do acesso aos cuidados #abortion colocará mais mulheres e meninas em risco de abortos ilegais e os consequentes problemas de segurança que trariam", escreveu a página oficial do órgão de saúde.