Surto de varíola dos macacos não deve se tornar pandemia, diz OMS
Cenário está sendo estudado como "potencial emergência de saúde pública de interesse internacional"
Apesar do crescente número de casos de varíola dos macacos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que a doença não deve se tornar uma pandemia. Segundo Rosamund Lewis, líder técnica para varíola do Programa de Emergências em Saúde, ainda não está claro se pessoas infectadas que não apresentam sintomas podem transmitir o vírus.
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"No momento, não estamos preocupados com uma pandemia global", disse Lewis, acrescentando que a OMS está considerando se o surto deve ser avaliado como uma "potencial emergência de saúde pública de interesse internacional", que ajudaria a acelerar a pesquisa e o financiamento para conter a doença.
Até o momento, 257 casos de varíola dos macacos foram notificados em 20 países considerados não endêmicos, enquanto outras 120 infecções permanecem sendo investigadas. A região com maior número de ocorrências é composta por países europeus, onde pode estar havendo algum grau de transmissão comunitária.
Em boletim divulgado no domingo (29.mai), a organização explicou que "a epidemiologia precoce dos casos iniciais notificados pelos países mostra que as infecções têm sido relatadas principalmente entre homens que fazem sexo com homens" e que "qualquer paciente com suspeita deve ser isolado para receber tratamento adequado".
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No Brasil, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) afirmou estar monitorando um paciente em Porto Alegre que pode ser o primeiro caso suspeito da doença. O possível infectado é um homem que chegou de Portugal ao país no último dia 10 de maio e está com lesões na pele.
