Desmatamento global cai, mas florestas tropicais continuam ameaçadas
Segundo monitoramento da FAO, América do Sul concentrou maior área devastada
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) publicou, nesta 2ª feira (9.mai), um relatório apontando queda de 30% no desmatamento global durante os anos de 2010 e 2018. O texto, no entanto, mostra que as florestas tropicais ainda estão sob a maior ameaça, seja pela criação de gado na América do Sul ou pela expansão de terras agrícolas, como plantações de dendezeiros na Ásia.
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No total, a derrubada de floresta atingiu 7,8 milhões de hectares durante o período monitorado, contra 11 milhões entre os anos 2000 e 2010. Com isso, foi constatado que as perdas líquidas de área florestal caíram mais da metade, diminuindo de 6,8 milhões de hectares para 3,1 milhões de hectares anuais em quase duas décadas.
Analisando por região, o maior desmatamento ocorreu na América do Sul, que reduziu as reservas florestais em 68 milhões de hectares, seguido pela África, com 49 milhões de hectares. O desenvolvimento agrícola insustentável e outros usos da terra continuam a exercer forte pressão sobre as florestas (50%), bem como as ações pecuárias, responsáveis por 38,5%. do desmatamento global.
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A perda de florestas tropicais, por sua vez, foi responsável por mais de 90% do desmatamento global de 2000 a 2018, em 157 milhões de hectares ? área equivalente ao tamanho da Europa Ocidental. Segundo os dados, as regiões tropicais da América Central são as mais ameaçadas pela conversão do uso da terra.