Flagrado nu com outro homem, deputado anti-LGBT diz que vídeo "era brincadeira"
Parlamentar norte-americano é conhecido por defender pautas ultra-conversadoras
Um deputado Republicano dos Estados Unidos virou um dos assuntos mais comentados, nesta 6ª feira (06.mai), nas redes sociais, após ter vazado um suposto vídeo íntimo dele ao lado de outro homem. Conhecido por seus duros discursos contrários aos direitos da comunidade LGBTQIA+, Madison Cawthorn, justificou que as cenas retratadas travam-se apenas de "uma brincadeira" entre amigos.
Na gravação, divulgada pelo portal American Muckrakers PAC, o deputado aparece nu, de perfil, se movimentando como se mantivesse relações sexuais com o que parece ser outro homem. As imagens sugerem ter sido gravadas por outra pessoa, que também estava no quarto. Sons de gritos e risadas são ouvidos ao fundo do vídeo.
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Em seu perfil nas redes sociais, Madison Cawthorn afirmou estar sendo vítima de chantagem. "Um novo golpe contra mim acabou de cair. Anos atrás, neste vídeo, eu estava sendo grosseiro com um amigo, tentando ser engraçado. Estávamos agindo feito tolos, e brincando. É só isso", alegou o parlamentar.
A new hit against me just dropped.
? Madison Cawthorn (@CawthornforNC) May 4, 2022
Years ago, in this video, I was being crass with a friend, trying to be funny.
We were acting foolish, and joking.
That?s it.
I?m NOT backing down.
I told you there would be a drip drip campaign.
Blackmail won't win. We will.
Cawthorn, que está concorrendo à reeleição ao Congresso dos EUA, afirmou ainda se tratar de uma estratégia para prejudicá-lo no pleito, que acontece no próximo dia 17. "Eu não vou recuar. Eu disse para vocês que haveria campanha de difamação. A chantagem não vai vencer", alertou o deputado aos seus apoiadores.
Em outra publicação, Cawthorn voltou a dizer que está sendo chantageado e acusou um senador anti-Trump de seu estado pelo vazamento do vídeo. O parlamentar também argumentou estar sofrendo uma retaliação pelas denúncias de má-conduta que ele apresentou contra colegas de seu próprio partido. Segundo ele, deputados teriam o convidado para usar drogas e participar de orgias.
"Estou pronto para continuar lutando por vocês. Eu quis que vocês soubessem a verdade diretamente de mim. Não percam a esperança, não ouçam as fake news. Não deixem o pântano de Washington dissuadir ou distrair você de enviar um guerreiro de volta a Washington", declarou ele no vídeo de esclarecimento.
I?m ready to keep fighting for you.
? Madison Cawthorn (@CawthornforNC) May 4, 2022
I wanted you to know the truth, straight from me. Don?t lose hope, don?t listen to the fake news.
Don?t let the swamp of Washington dissuade or distract you from sending a warrior back to Washington.
I?ve only just begun to fight for you. pic.twitter.com/kDqtzsoquT
Alguns colegas republicanos saíram em defesa de Madison Cawthorn, reafirmando a fidelidade do político aos ideais conservadores. Para o congressista Paul Gosar, por exemplo, o vazamento do vídeo seria um indicativo de que o próprio sistema está "trabalhando duro para derrubar os leais" porque são o tipo de homem que o "regime mais teme".
No entanto, não é o primeiro "escândalo" de supostas relações homoafetivas envolvendo o político declaradamente anti-LGBT. No ano passado, um outro vídeo no qual um assessor aparece colocando a mão na genitália de Madison, dentro de um carro, também em tom de "brincadeira", circulou nas redes sociais.
Eleito parlamentar mais jovem dos Estados Unidos, Madison Cawthorn cresceu em uma comunidade batista conservadora na Carolina do Norte, da qual surgiram algumas de suas principais bandeiras na vida política: "fé, família e liberdade". O parlamentar dedicou sua carreira à defesa do que ele classifica como "verdadeira masculinidade" e de pautas ao conservadorismo cristão tradicional.
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