"Nunca é tarde demais para não atacar", diz secretário-geral da Otan
Segundo Jen Stoltenberg, tudo indica que a Rússia ainda planeja ataque contra a Ucrânia
Após o reconhecimento da independência de regiões separatistas na Ucrânia e do envio de tropas russas aos território Donetsk e Luhansk, o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jen Stoltenberg, afirmou, em coletiva de imprensa nesta 3ª feira (22.fev), que nunca é tarde demais para não atacar, mas ressaltou que o movimento foi perigoso.
"É uma mudança de fase, isso é combinado com o reconhecimento desses territórios que estão dentro das fronteiras reconhecidas da Ucrânia. Isso é perigoso. É um momento de tensão para Europa. Aumento das ameaças, aumento da violação", disse.
O secretário-geral da Otan destacou que receberam de forma positiva as sanções dos aliados à Rússia depois do posicionamento de Putin. "Nós condenamos a independência das regiões e recebemos as sanções que aliados da Otan impuseram a Rússia, como a decisão de Alemanha de parar com o gasoduto", explicou.
Jen Stoltenberg garantiu que a Otan vai fortalecer as defesas da Ucrãnia e dos aliados vizinhos. "A Rússia já invadiu a Ucrânia em 2015. O que temos agora é um país que já foi invadido e agora está sofrendo mais invasões. É uma invasão em um país já invadido. [...] Vamos garantir que a Ucrânia fortaleça próprias defesas. A OTAN aumentou a presença para demonstrar que não haja cálculo errado para defender nossos aliados.", disse.
Questionado sobre a proteção aos países aliados, o secretário informou que houve um aumento da prontidão da reposta do órgão."A força de resposta da Otan está em prontidão, em alerta total. Estados Unidos colocaram militares na Romênia, Alemanha colocou na Lituânia, Reino Unido na Estônia. Outros aliados, como Espanha, Paises Baixos, Dinamarca e França levaram militares e aviões para a região", destacou Stoltenberg que reassegurou também a presença da Otan nos países bálticos.
Mesmo com os posicionamentos de tropas, militares e aviões, a Otan busca o diálogo com a Rússia. "Nosso propósito é prevenir o conflito, reassegurar que não haja cálculos errados. A Rússia tem a escolha da diplomacia, ainda pode dar um passo para trás. Pedimos que eles se engajem em esforços diplomáticos. A OTAN escolhe o seu próprio caminho, é importante para a Europa há muitas décadas, leva democracia e liberdade desde os tempos da guerra fria", disse.
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