Acusado por atentado em Paris em 2015 nega crimes e alega sofrer calúnia
Salah Abdeslam é o único membro do grupo terrorista que sobreviveu aos ataques
O principal acusado e único sobrevivente dos grupos terroristas que participaram dos atentadose em Paris, no fim de novembro de 2015, prestou depoimento na 4ª feira (9.fev) e negou todas as acusações. Salah Abdeslam, de 33 anos, afirmou ainda que está sofrendo calúnias por ser apoiador do Estado Islâmico (EI).
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"Eu quero dizer hoje que não matei, nem feri ninguém, nenhum arranhão. Desde o início dessa história, sofri calúnias o tempo todo. O mundo ocidental impõe sua ideologia contra o resto do mundo e para nós, mulçumanos, isso é uma humilhação", disse o acusado. Ele ressaltou ainda que não se vê como uma ameaça ao povo francês e pediu por liberdade.
Apesar do depoimento, Abdeslam não deu detalhes da ação e disse se tratar "apenas de operações militares para cessar os bombardeios da coalizão internacional na Síria". Ele afirmou ainda que só jurou fidelidade ao grupo terrorista 48 horas antes dos atentados. A investigação, no entanto, suspeita que ele venha compactuando com a realização dos planos desde o início, que resultou na morte de 130 pessoas.
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O julgamento de Abdeslam deve continuar ainda hoje (10.fev). Ele está preso desde 2015 após ser capturado por agentes de segurança na Bélgica. Ao contrário dos outros cinco terroristas, Abdeslam não ativou os explosivos que estavam em um cinto. Além dele, outras 19 pessoas são réus no processo e 10 delas estão em prisão preventiva por dar apoio financeiro ou logístico ao grupo.