Elza Soares é considerada rainha pela monarquia britânica
Jornais de todo o mundo noticiaram a morte e a grandeza da cantora
O talento e a personalidade da artista brasileira Elza Soares foram reverenciados, também, no exterior. A notícia da morte da cantora foi anunciada por jornais importantes em todo o mundo.
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Para o Brasil, um orgulho. Para o mundo, "Rainha insubmissa", segundo o jornal português Público. "Espetacularmente elegante", segundo o britânico The Guardian. Para o francês Le Monde, um "símbolo da resistência e da coragem", que, como lembrou o alemão Ser Spiegel, não teve um começo de vida fácil.
Da fome ao sucesso, Elza sempre desafiou o óbvio, assim como desafiava as próprias cordas vocais. Foi inspiração para cantoras como Beyoncé, que publicou um agradecimento à brasileira.
O carinho do mundo por Elza Soares não é de hoje. Há mais de 50 anos, a fama dela já chegava ao palácio de Buckingham, sede da monarquia britânica, nas lembranças da viagem da rainha Elizabeth II ao Brasil. Em 1968, ela encontrou outra rainha. São os próprios britânicos que dizem isso. "No Brasil, Elza Soares impressionou sua majestade com sua voz e sua presença. Um encontro de rainhas", disse mensagem da embaixada do Reino Unido.
Há 23, a nossa rainha já havia sido eleita "a voz do milênio" pela Rádio BBC. A turnê "a mulher do fim do mundo", sua última pela Europa, mostrou um samba sem medo de se misturar. "Já tivemos estrelas como Nina Simone, Ray Charles, James Brown. Elza era tão bacana quanto eles", fala Bryn Ormrod, o produtor britânico do famoso teatro Barbican, que descreve aquele momento como "a noite em que Londres adotou uma segunda rainha". Por onde passou, Elza mostrou a exuberância da realeza que carregava em sua voz e em sua história.
