Biden assina lei que proíbe importação de produtos de Xinjiang, na China
Segundo político, medida é uma reação contra o possível trabalho forçado de muçulmanos uigur no país asiático
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou, na 5ª feira (23.dez), uma lei que proíbe as importações da região de Xinjiang, na China. Segundo ele, a medida é uma reação do país às denúncias de tratamento e trabalho forçado por parte das autoridades chinesas contra a comunidade muçulmana uigur.
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O projeto, intitulado Lei de Prevenção ao Trabalho Forçado Uigur, foi aprovado no Congresso este mês depois que os legisladores chegaram a um acordo entre as versões da Câmara e do Senado. A base da legislação é uma "presunção refutável" que assume que todos os bens de Xinjiang, onde o governo chinês estabeleceu campos de detenção para uigures e outros grupos muçulmanos, são feitos com trabalho forçado.
O texto, portanto, proíbe as importações da região, a menos que a situação, considerada como genocídio por Biden, seja comprovada como falsa.
Na 6ª feira (24.dez), o governo chinês condenou a sanção da lei e negou a execução de um papel de trabalho forçado sobre minorias étnicas. Em pronunciamento, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que a China "rejeita" e "deplora" a medida. "É absurdo que os EUA, com seu histórico deplorável, acusem e difamam a China por questões de direitos humanos", disse.