Inflação dos EUA atinge seu maior nível em 30 anos
Energia, alimentos, roupas, habitação e veículos usados tornaram-se vilões dos aumentos de preços
Com a pressão do Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, para aumentar a taxa de juros, decorrido pelo aumento do custo da energia e o aumento do consumo fizeram com que a inflação chegasse a um nível nunca visto em 30 anos.
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Mesmo o Federal Reserve insistindo repetidamente que as pressões sobre os preços são 'transitórias', os mercados financeiros se surpreenderam com um aumento de 6,2% no custo de vida no ano passado.
O relatório divulgado na 4ªfeira (10.nov) pelo Departamento do Trabalho norte-americano, mostra que os preços subiram 0,9% apenas no mês de outubro, mais que o dobro registrado em setembro, quando chegou a marca 0,4%. Com isso chegando ao nível anual de inflação mais alto desde dezembro de 1990, quando na época chegou a 5%, decorrente ao aumento dos preços globais do petróleo, na época da invasão iraquiana ao Kuwait.
Segundo o Departamento do Trabalho, o índice foi 'amplo, com aumentos nos índices de energia, habitação, alimentos, carros, caminhões usados e veículos novos entre os maiores contribuintes".
"O índice de energia subiu 4,8% no mês, enquanto o índice da gasolina subiu 6,1% e os demais principais índices do componente energético também subiram. O índice de alimentação subiu 0,9% enquanto o índice de alimentação em casa subiu 1%", completa.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou que a inflação estava 'durando mais que o previsto' e ainda ressaltou que espera que os recentes aumentos de preços sejam 'transitórios', mas acrescentou que é difícil prever a persistência de restrições de oferta ou seus efeitos sobre a inflação.
Em comparação a 2020, os preços da energia elétrica subiram 30%, enquanto os alimentos subiram 5,3%. Além disso, os consumidores americanos estão pagando mais por roupas, peças de automóveis, habitação, energia, alimentos e até cortadores de grama.
O centro da inflação dos Estados Unidos, que retira os itens voláteis como energia e alimentos, também saltou mais do que o previsto por analistas de mercado, passando de 4% para 4,6% em outubro, contra 4,1% em setembro.