EUA e Haiti buscam libertar missionários sequestrados por gangue
Nação mais pobre do hemisfério ocidental luta contra aumento nos sequestros relacionados a gangues
Neste fim de semana, uma guange famosa por assasinatos, sequestros e extorsão sequestraram 12 adultos e cinco crinaças com um grupo missionário sediado nos Estados Unidos (EUA). Oficiais dos EUA estão trabalhando com as autoridades haitianas para garantir a libertação dos sequestrados.
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O inspetor de polícia Frantz Champagne à Associated Press informou que o grupo foi sequestrado pela gangue 400 Mawozo, que controla a área de Croix-des-Bouquets, a leste da capital Porto Príncipe. A ação aconteceu sábado(16.out) na comunidade de Ganthier, que fica na área da gangue.
Christian Aid Ministries falou que o grupo sequestrado incluía sete mulheres, cinco homens e cinco crianças, incluindo uma criança de 2 anos. As vitímas foram levadas durante uma viagem para visitar um orfanato.
E meio a busca das autoridade pela libertação dos 16 americanos e um canadense junto aos Ministérios de Ajuda Cristã com sede em Ohio, sindicatos locais e outras organizações esperavam lançar uma greve nesta 2 feira(18.out) para protestar contra o agravamento da falta de segurança no Haiti.
Após morte do presidente Jovenel Moïse foi morto a tiros em sua residência particular em julho e um terremoto de magnitude 7,2 matou mais de 2.200 pessoas em agosto, a nação mais pobre do hemisfério ocidental está novamente lutando contra um aumento nos sequestros relacionados a gangues que que tinha diminuído.
O presidente da Associação de Proprietários e Motoristas do Haiti, Méhu Changeux, disse, em entrevista à estação de rádio Magik9, que a paralisação continuará até que o governo possa garantir a segurança das pesoas. "Todos estão preocupados. Eles estão sequestrando de todas as classes sociais ", detalha Méhu Changeux..
O sequestro dos missionários aconteceu poucos dias depois de autoridades americanas de alto escalão visitarem o Haiti e prometerem mais recursos para a Polícia Nacional do Haiti, incluindo outros US $ 15 milhões para ajudar a reduzir a violência de gangues, que este ano deslocou milhares de haitianos que agora vivem em abrigos temporários em condições cada vez mais anti-higiênicas.
No domingo(17.out), o Departamento de Estado dos EUA afirmou que está em contato regular com autoridades haitianas e continuará a trabalhar com elas e com parceiros interagências. "O bem-estar e a segurança dos cidadãos americanos no exterior é uma das maiores prioridades do Departamento de Estado", reiterou a agência.
Pelo menos 328 sequestros foram denunciados à Polícia Nacional do Haiti nos primeiros oito meses de 2021, em comparação com um total de 234 em todo o ano de 2020, esclarece um relatório do mês passado pelo Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti.
Gangues foram acusadas de sequestrar crianças em idade escolar, médicos, policiais, ônibus lotados de passageiros e outros à medida que se tornavam mais poderosos. Em abril, um homem que alegou ser o líder de 400 Mawozo disse a uma estação de rádio que ele foi responsável pelo sequestro de cinco padres, duas freiras e três parentes de um dos padres naquele mês. Posteriormente, eles foram soltos.
O aumento de sequestros e violência relacionada a gangues forçou os haitianos a desviarem-se de certas áreas controladas por gangues, enquanto outros optam por ficar em casa, o que significa menos dinheiro para pessoas como Charles Pierre, um mototaxista em Porto Príncipe que tem vários filhos para alimentar.