Descriminalização do aborto é aprovada em San Marino
Plebiscito foi iniciativa da União das Mulheres São-Marinenses que buscam recorrer à lei que permite a prisão em casos de aborto na região
A população da República de San Marino, no norte da Itália, aprovou no último domingo (26 set.) a descriminalização do aborto por 77,28% de votos positivos contra 22,72% negativos.
Saiba mais:
+ Leia mais notícias no portal SBT News
Diante da porcentagem alcançada, o caminho para a interrupção do gravidez é conquistado 43 anos depois da Itália. Apesar da região de San Marino ser um estado confessional católico, a tradição religiosa não impediu a decisão.
O Congresso de Estado, poder Executivo de San Marino, tem a partir de agora seis meses para elaborar um projeto de lei sobre a descriminalização do aborto. Após essa elaboração, o projeto será ser votado pelo Parlamento local.
O plebiscito foi uma iniciativa da União das Mulheres São-Marinenses (UDS) em busca de recorrer a uma lei que permite a prisão de até seis anos para quem fizesse aborto.
Durante discurso realizado na manhã desta 2ª feira (27 set.) na Pontifícia Acadêmica para a Vida, o papa Francisco fez críticas às leis que autorizam o aborto, porém, sem citar a república são-marinense.
"As crianças que não queremos receber estão entre as vítimas da cultura do descarte, com leis sobre o aborto que as mandam para o remetente e as matam. Isso se tornou normal, um hábito, uma coisa horrível, um homicídio", discursou o católico.