Quase 1500 golfinhos foram mortos em dia de caça nas Ilhas Faroé
Alvo de criticas, tradição chamada de grindadráp ocorre todos os anos no território autônomo da Dinamarca
O massacre de 1,428 golfinhos durante o fim de semana nas Ilhas Faroé, território autônomo da Dinamarca, foi denunciado pela ONG Sea Shepherd nessa 4ªfeira (15. set). Imagens do evento tradicional no arquipélago foram divulgados pela organização não governamental de conservação da vida marinha e geraram criticas.
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Anualmente, habitantes locais encurralam os mamíferos marinhos em águas rasas, onde são mortos por sua carne e gordura, em tradição criada no século 16.
No grindadráp, caça às baleias em idioma feroês, os mamiferos são arrastados até a praia para serem mortos a facadas. Um gancho prende as baleias no raso, enquanto elas têm pedaços cortados ainda vivas.
Este ano, o número de baleias-piloto e golfinhos-de-lateiras-brancas mortos é superior ao de anos anteriores. A média, segundo dados mantidos pelas Ilhas, é de mil animais abatidos.
Apesar da caça esportiva não ser uma prática proibida no local, o massacre foi classificado como "caça-ilegal" pela ONG ao compartilhar fotos de centenas de golfinhos mortos às margens de uma praia. A água do mar ficou vermelha devido ao sangue dos animais.
Em entrevista à estação de rádio da região, o ministro das Pescas, Jacob Vertergaard, afirmou que tudo foi feito de acordo com as regras na caça aos golfinhos.
On Sunday night a super-pod of 1428 Atlantic White-Sided Dolphins was driven for many hours and for around 45 km by speed boats and jet-skis into the shallow water at Skálabotnur beach in the Danish Faroe Islands, where every single one of them was killed. https://t.co/uo2fAPhCDq
? Sea Shepherd (@seashepherd) September 14, 2021