Ação contra Google tem início a treze dias das eleições nos EUA
O processo judicial contra a gigante de tecnologia foi aberto dias depois de uma reportagem sobre o filho de Joe Biden ter sido excluída das redes sociais
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Nova York - O edifício na Oitava Avenida, em Manhattan, virou notícia assim como todas as sedes da gigante de tecnologia no mundo. Os jornais desta 3ª feira (20.out) anunciam a ação do Departamento de Justiça norte-mericano como "o maior desafio legal do governo dos Estados Unidos em vinte anos". Não é para menos. Onze procuradores federais estaduais - todos republicanos - assinaram a petição e a expectativa é que essa ação gere outros processos similares em esferas locais.
Na ação de 57 páginas protocolada no Tribunal Distrital de Columbia, o governo acusa o Google de impedir a concorrência com o objetivo de conseguir contratos e acordos exclusivos. O texto cita, por exemplo, os negócios feitos com a Apple, operadoras de celular e outros fabricantes de aparelhos para que seu mecanismo de busca seja a opção padrão. Como o Google - empresa fundada em 1998 por dois alunos da Universidade de Stanford - vai quebrar esse monopólio e como irá se reestruturar em caso de perda na justiça, isso é um assunto para o desenrolar e o fim do processo, que deve levar anos.
O que chama a atenção - além do impacto da notícia - é o momento em que o processo foi aberto. O procurador-geral William Barr, nomeado por Donald Trump, teve um papel ativo na investigação e pressionou os advogados do Departamento de Justiça a abrirem o caso até o fim de setembro. O prazo se estendeu um pouco e o pontapé inicial foi dado em 20 de outubro. William Barr falou mais de uma vez publicamente que os prazos deveriam ser apressados e cumpridos. Antes da entrega da petição contra o Google nesta terça (20Out) foi notícia no dia vinte e nove de julho deste ano a sabatina no Congresso americano dos líderes de quatro grande empresas de tecnologia. Naquele dia, Sundar Pichai do Google, Tim Cook da Apple, Mark Zuckerberg do Facebook e Jeff Bezos da Amazon responderam de forma virtual e ao vivo às perguntas dos legisladores. O evento fez parte da investigação do Departamento de Justiça que tem um comitê no Senado e já investigava a questão do monopólio destas empresas.
Tanto o CEO do Google, Sundar Pichai, quanto os da Apple, da Amazon e do Facebook negaram que suas empresas realizam práticas ilegais. Todos afirmaram que as fusões são práticas comuns de um mercado competitivo.
De volta à temporalidade da ação protocolada nesta terça-feira pelo governo americano, vale ressaltar que nesta semana, os republicanos (e não só Donald Trump) criticaram a postura do Twitter e do Facebook e de outras ferramentas de busca que bloquearam uma notícia do tablóide New York Post sobre o filho do candidato democrata Joe Biden, Hunter Biden e o suposto envolvimento do candidato democrata em ações ilícitas. A publicação relata negócios de Hunter Biden relatados como suspeitos na Ucrânia. Após o bloqueio da notícia, o Facebook afirmou que o conteúdo pode ser propagação de notícias falsas. Em resposta, o New York Post publicou uma reportagem afirmando que "ao censurar o jornal, a gigante de tecnologia implora por uma reformulação".
Donald Trump comprou a briga. Elogiou o New York Post por mais de uma vez em suas contas de redes sociais e desde a publicação da notícia se refere à Joe Biden como corrupto. Ontem, 19 de Outubro, quando chegava ao Arizona o presidente americano foi questionado por um repórter por que ele se refere ao oponente nas urnas como criminoso. Trump disse: "porque ele é criminoso e você também é criminoso ? se referindo ao jornalista ? por não publicar isso".
A vice de Biden, Kamala Harris, e o candidato democrata até agora evitaram falar sobre a reportagem que se desmembrou em outras. Democratas apoiadores do ex-vice de Barack Obama defendem o fim da propagação da notícia contra Biden mas muitos também defendem a ação judicial movida hoje que é contra o monopólio de uma grande empresa de tecnologia.
A treze dias das eleições nos Estados Unidos, questões como a notícia do New York Post dividem democratas e republicanos mas o tema competição justa e transparente que afeta uma corporação gigante como o Google parece se enquadrar nos discursos dos integrantes dos dois partidos.
Na ação de 57 páginas protocolada no Tribunal Distrital de Columbia, o governo acusa o Google de impedir a concorrência com o objetivo de conseguir contratos e acordos exclusivos. O texto cita, por exemplo, os negócios feitos com a Apple, operadoras de celular e outros fabricantes de aparelhos para que seu mecanismo de busca seja a opção padrão. Como o Google - empresa fundada em 1998 por dois alunos da Universidade de Stanford - vai quebrar esse monopólio e como irá se reestruturar em caso de perda na justiça, isso é um assunto para o desenrolar e o fim do processo, que deve levar anos.
O que chama a atenção - além do impacto da notícia - é o momento em que o processo foi aberto. O procurador-geral William Barr, nomeado por Donald Trump, teve um papel ativo na investigação e pressionou os advogados do Departamento de Justiça a abrirem o caso até o fim de setembro. O prazo se estendeu um pouco e o pontapé inicial foi dado em 20 de outubro. William Barr falou mais de uma vez publicamente que os prazos deveriam ser apressados e cumpridos. Antes da entrega da petição contra o Google nesta terça (20Out) foi notícia no dia vinte e nove de julho deste ano a sabatina no Congresso americano dos líderes de quatro grande empresas de tecnologia. Naquele dia, Sundar Pichai do Google, Tim Cook da Apple, Mark Zuckerberg do Facebook e Jeff Bezos da Amazon responderam de forma virtual e ao vivo às perguntas dos legisladores. O evento fez parte da investigação do Departamento de Justiça que tem um comitê no Senado e já investigava a questão do monopólio destas empresas.
Tanto o CEO do Google, Sundar Pichai, quanto os da Apple, da Amazon e do Facebook negaram que suas empresas realizam práticas ilegais. Todos afirmaram que as fusões são práticas comuns de um mercado competitivo.
De volta à temporalidade da ação protocolada nesta terça-feira pelo governo americano, vale ressaltar que nesta semana, os republicanos (e não só Donald Trump) criticaram a postura do Twitter e do Facebook e de outras ferramentas de busca que bloquearam uma notícia do tablóide New York Post sobre o filho do candidato democrata Joe Biden, Hunter Biden e o suposto envolvimento do candidato democrata em ações ilícitas. A publicação relata negócios de Hunter Biden relatados como suspeitos na Ucrânia. Após o bloqueio da notícia, o Facebook afirmou que o conteúdo pode ser propagação de notícias falsas. Em resposta, o New York Post publicou uma reportagem afirmando que "ao censurar o jornal, a gigante de tecnologia implora por uma reformulação".
Donald Trump comprou a briga. Elogiou o New York Post por mais de uma vez em suas contas de redes sociais e desde a publicação da notícia se refere à Joe Biden como corrupto. Ontem, 19 de Outubro, quando chegava ao Arizona o presidente americano foi questionado por um repórter por que ele se refere ao oponente nas urnas como criminoso. Trump disse: "porque ele é criminoso e você também é criminoso ? se referindo ao jornalista ? por não publicar isso".
A vice de Biden, Kamala Harris, e o candidato democrata até agora evitaram falar sobre a reportagem que se desmembrou em outras. Democratas apoiadores do ex-vice de Barack Obama defendem o fim da propagação da notícia contra Biden mas muitos também defendem a ação judicial movida hoje que é contra o monopólio de uma grande empresa de tecnologia.
A treze dias das eleições nos Estados Unidos, questões como a notícia do New York Post dividem democratas e republicanos mas o tema competição justa e transparente que afeta uma corporação gigante como o Google parece se enquadrar nos discursos dos integrantes dos dois partidos.
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