Covid-19: pandemia reduz em 10% renda mundial do trabalho
Segundo agência de trabalho da ONU, houve uma crescente diferença entre os países ricos e pobres em meio à epidemia da Covid-19
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A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alertou nesta quarta-feira (23) que a pandemia do coronavírus levou a uma queda maciça na renda dos trabalhadores em todo o mundo. Outro ponto observado pela agência da Organização das Nações Unidas (ONU) foi a crescente desigualdade entre os países ricos, que injetaram dinheiro do governo em suas economias, e os países mais pobres, que não podem.
Em um relatório sobre os efeitos da pandemia no mundo do trabalho, a OIT estimou que o faturamento global desta área despencou US$ 3,5 trilhões nos primeiros nove meses de 2020, uma queda de quase 11% em relação a 2019. O levantamento não considerou o apoio fornecido por alguns governos, como o auxílio emergencial no Brasil.
A maior queda ocorreu em países de médio-baixo desenvolvimento, onde as perdas de renda chegaram a 15,1%. As Américas foram as regiões mais afetadas, com 12,1%.
Somente no segundo trimestre, a estimativa revisada do tempo de trabalho global perdido foi de 17,3%, equivalente a 495 milhões de empregos em tempo integral, contra uma estimativa anterior de 14% ou 400 milhões de empregos. No terceiro trimestre, são esperadas perdas de horas de 12,1% ou o equivalente a 345 milhões de empregos.
A organização disse que os pacotes de estímulo fiscal têm se concentrado nos países mais ricos e que os países em desenvolvimento têm "capacidade limitada para financiar tais medidas". Acrescentou que os países em desenvolvimento precisariam de quase US$ 1 trilhão em estímulos apenas para manter a lacuno pré-pandêmica com os países mais ricos.
O Diretor-Geral da OIT, Guy Ryder, considerou os sinais desse hiato de estímulo fiscal uma "observação extremamente preocupante" e "o oposto de um mundo melhor que queremos reconstruir" assim que a pandemia diminuir. Ele ainda alertou sobre o aumento do desemprego, pobreza e desigualdade, bem como o aumento da "frustração social e raiva política" após o surto e sugeriu que, as nações mais ricas e as instituições internacionais, poderiam ajudar a aliviar o impacto, para os países em desenvolvimento, agindo agora.
Ryder disse que um "esforço relativamente pequeno" por parte das nações ricas pode fazer uma "diferença extraordinária nos países que são menos capazes de mobilizar recursos". Ele lamentou que foi "angustiante" como o novo apelo por unidade global em face da pandemia, feito pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, foi recebido por uma relativa "falta dela", entre os países na Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (22).
Em um relatório sobre os efeitos da pandemia no mundo do trabalho, a OIT estimou que o faturamento global desta área despencou US$ 3,5 trilhões nos primeiros nove meses de 2020, uma queda de quase 11% em relação a 2019. O levantamento não considerou o apoio fornecido por alguns governos, como o auxílio emergencial no Brasil.
A maior queda ocorreu em países de médio-baixo desenvolvimento, onde as perdas de renda chegaram a 15,1%. As Américas foram as regiões mais afetadas, com 12,1%.
Somente no segundo trimestre, a estimativa revisada do tempo de trabalho global perdido foi de 17,3%, equivalente a 495 milhões de empregos em tempo integral, contra uma estimativa anterior de 14% ou 400 milhões de empregos. No terceiro trimestre, são esperadas perdas de horas de 12,1% ou o equivalente a 345 milhões de empregos.
A organização disse que os pacotes de estímulo fiscal têm se concentrado nos países mais ricos e que os países em desenvolvimento têm "capacidade limitada para financiar tais medidas". Acrescentou que os países em desenvolvimento precisariam de quase US$ 1 trilhão em estímulos apenas para manter a lacuno pré-pandêmica com os países mais ricos.
O Diretor-Geral da OIT, Guy Ryder, considerou os sinais desse hiato de estímulo fiscal uma "observação extremamente preocupante" e "o oposto de um mundo melhor que queremos reconstruir" assim que a pandemia diminuir. Ele ainda alertou sobre o aumento do desemprego, pobreza e desigualdade, bem como o aumento da "frustração social e raiva política" após o surto e sugeriu que, as nações mais ricas e as instituições internacionais, poderiam ajudar a aliviar o impacto, para os países em desenvolvimento, agindo agora.
Ryder disse que um "esforço relativamente pequeno" por parte das nações ricas pode fazer uma "diferença extraordinária nos países que são menos capazes de mobilizar recursos". Ele lamentou que foi "angustiante" como o novo apelo por unidade global em face da pandemia, feito pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, foi recebido por uma relativa "falta dela", entre os países na Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (22).
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