Moraes nega pedido de liberdade provisória a Silvinei Vasques
Ex-diretor da PRF é investigado por interferir nas eleições de 2022; ministro alegou que apurações estão em andamento
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Ele está preso desde o dia 9 de agosto, sob suspeita de uso da máquina pública para intervir nas eleições presidenciais de 2022.
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No pedido de liberdade, apresentado no último dia 6, a defesa de Vasques afirmou que não há fundamentação jurídica para a prisão preventiva. Moraes, no entanto, defendeu a prisão, alegando que a investigação do caso ainda está em andamento e que o ex-diretor da PRF poderia interferir na coleta de provas ou oferecer risco às testemunhas.
Varques foi preso após a Polícia Federal constatar que integrantes da PRF direcionaram recursos humanos e materiais para dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022 - quando foi realizado o segundo turno das eleições presidenciais. Na data, muitos moradores denunciaram bloqueios nas estradas, sobretudo na região Nordeste.
As blitze, contudo, haviam sido proibidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para não comprometer o processo de votação. A suspeita é que o plano tenha sido articulado para favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, Varques negou as acusações e disse que seria impossível promover uma atuação irregular em todo o país. "Não há, não é possível cometer esse crime. Não como parar 13 mil policiais sem ter uma conversa por Whatsapp, Telegram, sem um e-mail enviado", disse.