Quatro PMs são condenados por chacina do Curió, em Fortaleza
Caso ocorreu em 2015, com 11 assassinatos na mesma madrugada. Somadas, penas chegam a 1100 anos
Quatro policiais militares envolvidos na chacina do Curió, em Fortaleza (CE), foram condenados por 11 homicídios qualificados, além de tentativas de homicídio e tortura. A decisão do júri do Tribunal de Justiça do Ceará foi anunciada na madrugada deste domingo (25.jun). A defesa vai recorrer.
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Wellington Veras Chagas, Ideraldo Amâncio, Marcus Vinícius e Antônio José de Abreu Vidal Filho foram os primeiros PMs julgados e condenados. Trinta policiais estariam envolvidos na chacina. Outros julgamentos do caso estão marcados para agosto e setembro deste ano. Cabe recurso, mas eles devem cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado e tiveram a prisão provisória decretada.
Veja a decisão da pena:
- Iniciada a dosimetria da pena, o colegiado de juízes definiu a pena de Wellington Veras Chagas em 275 anos e 11 meses de prisão, com imediato cumprimento da pena. A medida se deve porque a pena foi fixada superior a 15 anos de prisão.
- Para o réu Marcus Vinícius Sousa da Costa, a pena ficou definida em 275 anos e 11 meses de prisão, em regime inicialmente fechado.
- O réu Ideraldo Amâncio também teve a pena fixada em 275 anos e 11 meses de prisão, em regime inicial fechado.
- O réu Antônio José de Abreu Vidal Filho também teve a pena fixada em 275 anos e 11 meses de prisão, com imediato cumprimento de pena.
Os crimes foram considerados por motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa.
A motivação do crime seria vingança após o assassinato de um policial que acabou morrendo quando tentou defender uma mulher durante tentativa de assalto.
Segundo relatos, após o ocorrido, policiais em carros descaracterizados foram ao bairro de Grande Messena, em Fortaleza, e passaram a ameaçar e torturar pessoas, quando os disparos foram feitos.
Nenhuma das vítimas teria ligação com o primeiro homicídio.