STJ manda soltar empresário acusado pela morte de líderes do PCC
Empresário Antônio Vinicius Gritzbach foi preso em fevereiro deste ano, em um hotel de luxo na Bahia
O Superior Tribunal de Justiça de São Paulo (STJ-SP) ordenou a soltura do empresário acusado pela morte de dois líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2021. O pedido de habeas corpus foi acatado na noite desta 3ª feira (6.jun) e Antônio Vinicius Gritzbach deve ser solto já nesta 4ª feira (7.jun).
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O empresário estava preso desde o dia 2 de fevereiro deste ano, quando foi encontrado em um hotel de luxo em Itacaré, na Bahia. No dia 1º de março, ele foi transferido para um presídio em São Paulo, que não é controlado pela facção criminosa.
Relembre o caso
Antônio Vinicius Gritzbach é acusado de ser o mandante do assassinato do traficante Anselmo Santa Fausta, homem forte do PCC, e de seu parceiro, Antonio Corona Netto, conhecido como "Sem Sangue". O crime aconteceu durante uma emboscada em 27 de dezembro de 2021. Os dois morreram na hora.
Dias depois, o PCC retaliou os ataques. O pistoleiro que cometeu os assassinatos, o ex-presidiário Noé Alves, foi morto e esquartejado. A cabeça dele foi deixada no mesmo local onde Anselmo foi morto.
O elo entre o mandante do crime e Noé Alves é o agente penitenciário David Moreira da Silva -- que já trabalhou como segurança para o empresário. David era amigo de Noé e teria contratado o serviço do pistoleiro.
Segundo o indiciamento, Antônio Vinicius Gritzbach ofereceu R$ 300 mil pelo serviço e o agente teria ficado com R$ 100 mil. A quebra de sigilo bancário comprovou as transações. O agente penitenciário, que também é acusado do crime, foi preso em Alagoas, duas semanas antes da prisão do empresário.
Segundo o Ministério Público, Gritzbach mandou matar o traficante porque ele teria sido ameaçado pelo homem forte do PCC. Anselmo teria cobrado o retorno de um investimento em criptomoedas que não deu certo, provocando um prejuízo milionário.
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