Defesa de Anderson Torres entra com novo de revogação da prisão
Defesa alega que ele não representa risco às investigações; Já é a 2ª tentativa em menos de um mês
Os advogados do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, pediram, nesta 3ª feira (2.mai), ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, para reconsiderar o pedido de revisão da prisão preventiva de Torres. Eles argumentam que o cliente "não ocupa mais cargo na administração do Distrito Federal, vem cooperando com as investigações e não oferece risco de fuga".
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Os defensores escrevem no documento que Anderson Torres "possui residência fixa, ocupação profissional lícita, tem bons antecedentes, não representa um perigo para a sociedade, ao passo que não tem condições de interferir no curso das investigações ainda em andamento, que, a propósito, já caminham para a sua conclusão".
Em nova tentativa de soltura, também repetem os argumentos sobre a saúde mental de Torres, que "inspira cuidados" e pede ?ao menos? prisão domiciliar a Moraes ou medidas de restrição de direitos, como tornozeleira eletrônica.
"Que Vossa Excelência, à vista das razões em anexo, POSSA RECONSIDERAR a decisão agravada e revogar a prisão preventiva do agravante ou, ao menos, substituí-la por uma das cautelares elencadas no art. 319 do CPP ou pela prisão domiciliar", sustentam os advogados.
O recurso cita ainda a mãe de Torres que está tratando uma doença grave e as filhas que "atualmente necessitam de acompanhamento psicológico e psiquiátrico", segundo os advogados. No entanto, os defensores afirmam que não é um "pedido de clemência ou compaixão", "ainda que o momento assim oportunize". A equipe pede que Moraes faça uma avaliação minuciosa e imparcial das circunstâncias que envolvem a prisão de Anderson Torres.
Relembre o caso
Anderson Torres foi preso a mando de Alexandre de Moraes e é investigado no âmbito do inquérito sobre os ataques golpistas contra os prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Ele está detido desde o dia 14 de janeiro no Batalhão de Operações Aéreas da Polícia Militar do Distrito Federal.
Na época, Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. A investigação analisa se o ex-ministro foi omisso quanto aos ataques à democracia.