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Medicamento e postagem por engano: os argumentos de Bolsonaro à Polícia Federal

Ex-presidente alegou em depoimento nesta 4ª feira que queria salvar e não postar vídeo sobre 8/1

Medicamento e postagem por engano: os argumentos de Bolsonaro à Polícia Federal
Jair Bolsonaro, ex-presidente
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta 4ª feira (26.abr) que estava sob efeito de medicamentos, em 10 de janeiro, quando postou um vídeo nas redes sociais com questionamentos ao sistema eleitoral, por engano. 

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Bolsonaro afirmou que não quis compartilhar a mensagem de incentivo aos atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília, quando vândalos invadiram as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário. 

O ex-presidente falou por cerca de duas horas aos delegados da PF e respondeu apenas as perguntas sobre a postagem. Nos demais questionamentos, ele permaneceu em silêncio, segundo apurou o SBT News.

Segundo os advogados Paulo Bueno e Daniel Tesser, o ex-presidente "postou por engano" a mensagem que foi citada pelo Ministério Público Federal (MPF), para justificar a oitiva dele nos inquéritos do dia 8 de janeiro. Ele teria tentado arquivar o vídeo postado na rede social para assistir mais tarde e acabou publicando novamente o material.

Fabio Wajngarten, assessor de Bolsonaro, explicou que ele queria compartilhar o vídeo pelo WhatsApp, com ele mesmo, para salvar e assistir depois, mas acabou postando no Facebook.

Morfina

"Essa postagem foi feita de forma equivocada, tanto que, pouco tempo depois, duas a três horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou essa postagem", explicou o advogado Paulo Bueno.

O defensor lembrou que naquele dia, Bolsonaro estava internado em um hospital em Orlando, com problemas de saúde, sob efeito de morfina. O medicamento era para aliviar a "crise de obstrução intestinal".

"Ele teve uma crise de obstrução intestinal, foi submetido a tratamento com morfina, foi hospitalizado e só recebeu alta na tarde do dia 10", justificou o advogado do ex-presidente.

O depoimento foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Bolsonaro foi incluído no inquérito, entre outros argumentos, por ter feito uma publicação, sem provas, que colocava em dúvida a lisura do processo eleitoral brasileiro. O material depois foi apagado.

A postagem sugeria que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi fraudada após articulação do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O texto dizia que o petista não foi escolhido pelo povo, mas "eleito pelo STF e pelo TSE".

Wajngarten disse que Bolsonaro repudiou no mesmo dia os ataques de 8 de janeiro. "Em nenhum momento, o presidente Bolsonaro fez qualquer juízo de valor quanto ao conteúdo do vídeo. E o presidente reiterou no depoimento de hoje, recriminou, todo e qualquer ato antidemocrático que visa gerar instabilidade na ordem democrática e isso está consignado no depoimento de hoje", disse o assessor.

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