Moraes prorroga inquérito contra Bolsonaro por associar vacina à Aids
Decisão atende pedido da Polícia Federal e tem como objetivo aprimorar a investigação do caso
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que apura a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL) que associa a vacina contra a covid-19 à Aids. A decisão, anunciada na 4ª feira (31.ago), atende um pedido da Polícia Federal, apoiado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Segundo a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, as diligências solicitadas pela Polícia, com o prazo ampliado, colaboram para uma melhor análise e deliberação da apuração. Isso porque a investigação ainda carece do envio de informações do Google sobre a live de Bolsonaro, depoimento que precisa ser autorizado por Moraes.
A prorrogação "proporcionará melhor detalhamento sobre o cenário fático e suas circunstâncias, notadamente com as razões e eventuais novos elementos de prova a serem apresentados pelo Presidente da República a respeito dos fatos investigados", diz o texto.
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O processo de investigação foi aberto em dezembro de 2021 e diz respeito à live feita por Bolsonaro em outubro, quando o chefe de Estado leu uma reportagem associando o maior risco de contrair HIV após a imunização contra covid-19. O inquérito em questão foi aberto em fevereiro deste ano e apura se o presidente cometeu crimes de pandemia e infração de medida sanitária.