Alexandre de Moraes prorroga inquérito das milícias digitais por 90 dias
Investigação apura existência de organização criminosa para atentar contra a democracia
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 90 dias o inquérito das milícias digitais por conta da "necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento".
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A investigação foi instaurada para apurar a existência de uma organização criminosa, com atuação principalmente digital, com a finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito no país.
A Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal que a milícia digital promove atos contra a democracia e as instituições usando a estrutura do chamado "gabinete do ódio" - o grupo formado por aliados do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o relatório, esse "gabinete do ódio" trabalharia até mesmo de dentro do Palácio do Planalto em estratégias para difundir ataques, espalhar notícias falsas, criando e deturpando dados para obter vantagens e auferir lucros, buscando, assim, ganhos políticos, ideológicos e financeiros.
Entre os alvos do inquérito já estiveram figuras públicas que apoiavam o presidente Jair Bolsonaro, como o blogueiro Allan dos Santos, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), o ex-ministro da Comunicação Fábio Wajngarten e a militante Sara Winter.
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