PGR vai contribuir para segurança dos dirigentes ameaçados da Anvisa
Os ataques começaram depois da agência anunciar a aprovação da vacinação para crianças de 5 a 11 anos
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou, em ofício, neste domingo (19.dez), que vai assegurar a proteção dos dirigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após as ameaças feitas aos diretores do órgão. O início dos ataques se deu depois da aprovação da Anvisa para a vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos na última 5ª feira (16.dez).
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O ofício da PGR, enviado ao diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, ainda destaca que outras comunicações sobre situações de ataques semelhantes foram tratadas por membros do Ministério Público Federal no Distrito Federal e no Paraná e pela Polícia Federal.
Crise na Anvisa
Após a aprovação da vacina infantil da Pfizer pela Anvisa, na última 5ª feira (16.dez), o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão da agência e pediu a publicação dos nomes dos técnicos que aprovaram o imunizante no dia seguinte (17.dez). A agência informou que servidores foram ameaçados.
Em meio a perseguição dos agentes da agência, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo se manifestasse em 48 horas sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano de vacinação contra a covid-19 na última 6ª feira (17.dez). O governo Bolsonaro enviou manifestação ao Supremo informando que em 4 de janeiro vai haver uma audiência pública sobre a vacinação infantil e que a definição vai ser em 5 de janeiro de 2022.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, se pronunciou sobre os ataques à Anvisa, neste domingo (19.dez). "A perseguição aos técnicos da Anvisa é uma vergonha nacional. Mostra como o discurso do ódio chegou a níveis alarmantes no país. Aos servidores da agência, expresso minha solidariedade. Conclamo que as autoridades policiais investiguem e garantam a segurança das famílias", afirmou o ministro em suas redes sociais.
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