Kevin Spacey é condenado a pagar 30 milhões de dólares para produtora
Perdas causadas pela demissão do ator após acusações de abuso sexual foram milionárias, alegou estúdio
O ator norte-americano Kevin Spacey foi condenado a pagar mais de US$ 30 milhões para a produtora responsável pela série "House of Cards" depois que acusações de abuso sexual obrigaram o estúdio a quebrar o contrato com o ator sem que a série tivesse terminado, causando perdas financeiras.
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O estúdio por trás de "House of Cards", MCR, teve que despedir Spacey, interromper a produção da sexta temporada do programa, reescrevê-la para remover o personagem central de Spacey e encurtar de 13 para oito episódios para cumprir os prazos, resultando em dezenas de milhões em perdas, disse o documento apresentado ao Superior Tribunal de Los Angeles ao solicitar a aprovação da decisão a um juiz. Os árbitros que conduziram o processo de arbitragem consideraram que o ator violou as exigências de comportamento profissional do seu contrato ao "se envolver em certas condutas em relação a vários membros da equipe em cada uma das cinco temporadas em que estrelou e produziu executivamente."
"A segurança de nossos funcionários, conjuntos e ambientes de trabalho é de suma importância para o MRC e por que decidimos pressionar por responsabilidade", disse o MRC em um comunicado na segunda-feira.
Spacey apelou da decisão para um painel de mais três árbitros privados, que decidiram por aceitar a decisão anterior, tornando a condenação final, e pública, na 2ªfeira (22.nov).
O ator Anthony Rapp, que apareceu em "Rent" na Broadway e no cinema, bem como em "Star Trek: Discovery" na televisão, disse que Spacey o abordou sexualmente quando ele tinha 14 anos em uma festa nos anos 1980.
A carreira do ator de 62 anos foi interrompida no final de 2017, depois que o ator Anthony Rapp acusou Spacey de o abordar sexualmente quando tinha 14 anos em uma festa nos anos 80.
