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"Não é a Constituição que desestabiliza, é a corrupção", diz chefe da Lava Jato

Procurador Alessandro Oliveira discorda da ideia do líder do governo de fazer plebiscito com o argumento de que o país é ingovernável

"Não é a Constituição que desestabiliza, é a corrupção",  diz chefe da Lava Jato
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O coordenador da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, Alessandro Oliveira, afirmou nesta terça-feira (27.out) que é a corrupção que desestabiliza o setor público e não a falta de uma Constituição adequada ao país. O procurador discordou da ideia do líder do Governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP), de fazer um plebiscito sobre a realização de uma Assembleia Nacional Constituinte, com o argumento de que a Carta Magna deixou o Brasil ingovernável. 

"Eu não comungo, em absoluto, com esse entendimento e tendo mais a acompanhar a posição do ex-ministro Sérgio Moro no sentido que a corrupção causa muita desestabilidade em vários setores da vida pública brasileira e esta sim, a corrupção, deve ser o objetivo a ser visado de maneira constante, com aprimoramento constante", defendeu em entrevista ao Poder em Foco, no SBT.

O procurador faz referência a uma mensagem que o ex-ministro Sergio Moro postou no Twitter após Barros defender uma nova Constituinte. "O que dificultou a governabilidade do Brasil nos últimos anos foi a corrupção desenfreada e a irresponsabilidade fiscal, não a Constituição de 1988 nem a Justiça ou o Ministério Público", disse Moro.

Ao sugerir a realização de uma Constituinte, Barros falou que a situação orçamentária do país estava inviável por causa das obrigações impostas pela Constituição. Outra crítica do congressista foi ao aumento do poder de fiscalização que a legislação permitiu a alguns órgãos, que para ele provocam enormes danos com acusações infundadas e nada respondem por isso. Ricardo Barros é alvo de investigações do Ministério Público Federal. 

"Que bom que no Brasil nós temos órgãos de fiscalização e controle que estão, efetivamente, realizando seu papel constitucional. Se estão incomodando, é porque o papel de fiscalizar acaba provocando esse resultado. Que bom que no Brasil os órgãos de controle e fiscalização estão desempenhando o seu papel a ponto de incomodar instituições que, às vezes, se sentiam intangíveis a qualquer tipo de controle", concluiu o procurador. 

A entrevista completa com o coordenador da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, procurador Alessandro Oliveira, vai ao ar no Poder em Foco, no SBT, no próximo domingo (01.nov), logo após o Programa Silvio Santos.  
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