EUA sancionam russos envolvidos em deportação forçada de crianças ucranianas
Restrições também englobam dois centros de reeducação, incluindo um em Belarus
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, anunciou, na 5ª feira (24.ago), sanções contra 11 indivíduos russos e dois centros de reeducação envolvidos na deportação forçada de crianças ucranianas. Segundo ela, as transferências ocorreram tanto para a Rússia como para Belarus.
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"A Rússia e seus representantes detiveram crianças que fugiam da violência. Eles forçaram as crianças a sair das escolas e dos orfanatos. E os procuradores locais enganaram ou coagiram os pais a enviar seus filhos para os chamados 'acampamentos de verão' apenas para serem cortados da comunicação", disse Linda.
A deportação de crianças ucranianas vem sendo denunciada pelas autoridades de Kiev desde o início do ano. Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, e a comissária russa dos direitos da criança, Maria Lvova-Belova, acusados de sequestrar crianças da Ucrânia.
Como a Rússia não reconhece a Corte, no entanto, os mandados não podem ser cumpridos, a não ser que os alvos visitem algum país que participa do tratado de Haia.
Além de Putin e Maria, a embaixadora norte-americana afirmou que líderes bielorrussos também são investigados por apoiar a transferência das crianças ucranianas para campos específicos no país. As apurações revelaram que, entre setembro de 2022 e maio de 2023, pelo menos 2,1 mil jovens foram transferidos pelo Grupo Nacional de Gestão Anticrise.
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"Esta semana, falei com três crianças ucranianas que foram deportadas à força para a Rússia, presas e interrogadas. Felizmente, uma delas está de volta em casa, mas não sabemos a localização de muitas outras crianças. Devemos lutar em seus nomes - até que todos sejam livres, até que a justiça seja feita", disse Linda.