Polícia Federal desarticula logística do garimpo ilegal em Roraima
11 mandados de prisão preventiva foram cumpridos; um piloto de avião foi preso no Rio de Janeiro
Uma operação da Polícia Federal, em cinco estados, desarticulou parte da logística usada no garimpo ilegal nas terras Yanomami. 11 pessoas foram presas, entre elas pilotos e mecânicos de avião. Mais de R$ 300 milhões foram bloqueados pela Justiça.
Os agentes saíram de madrugada para cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão. Na casa de um piloto em Boa Vista, capital de Roraima, os policiais apreenderam munição de fuzil. No Rio de Janeiro, um piloto de avião foi preso em um condomínio na zona oeste da capital Fluminense. Em Goiás, uma aeronave foi apreendia, também foram cumpridos mandados em São Paulo e no Pará.
As investigações começaram em janeiro, depois que a PF apreendeu quase 10 aeronaves em operações contra o garimpo ilegal. Essas aeronaves seriam de um mesmo empresário que, segundo os agentes, aparecia em mais de 10 processos na agência nacional de mineração.
O setor de logística do garimpo tinha quatro núcleos, o que financiava as atividades nas terras indígenas. O que negociava os minérios retirados ilegalmente das terras Yanomami, o grupo de pilotos e o de manutenção das aeronaves. O inquérito descobriu ainda que a estrutura de aeronaves e logística do garimpo ilegal também era compartilhada com o tráfico de drogas.