RJ: pai e filho sofrem racismo, agressão e ofensas de mulher branca
Homem foi defender grupo que era insultado por agressora em parque de Niterói
Mais um caso de racismo foi registrado no Rio de Janeiro, desta vez em um parque de Niterói, na região metropolitana. Um homem foi vítima de ofensas de uma mulher branca após a vítima defender um grupo de jovens que também foi alvo da agressora.
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A mulher não se intimidou mesmo sendo filmada por outras pessoas que estavam no Campo do São Bento. De acordo com testemunhas, o homem brincava com o filho quando a racista começou a xingá-los.
"Eu aqui na pracinha com meu filho e a branca aqui veio me perturbar", diz o homem. A mulher responde: "E o preto aqui me perturbar", retrucou a agressora. "Isso aí. E ela quer falar de racismo reverso, essa branca aqui", respondeu o homem, criticando o argumento raso da agressora, já que racismo reverso não existe em um país que escravizou pessoas pela cor de pele por séculos e, ainda hoje, vê os reflexos de uma desastrada "libertação".
Antes, a mulher, descontrolada, ofendeu um grupo de jovens que estava no local com palavras racistas. Jorge Diogo Barboza da Silva teria saído em defesa dos rapazes, sendo alvo da racista.
Ela ainda partiu para cima do homem, que pegou o filho no colo, e o agrediu com tapas, enquanto a criança não parava de chorar. Aos gritos, a racista gritava que "é branca" e xingava o homem de "preto". Testemunhas foram ouvidas e a polícia busca identificar a autora das violências.
Outros casos: "racismo não dá cadeia", diz agressora
Racismo e injúria racial são crimes inafiançáveis, com pena prevista de dois a cindo anos de prisão. No entanto, com a aplicação falha da lei, brancos cientes da incapacidade do cumprimento da lei, dizem com todas as letras que "racismo não dá cadeia". Foi o que disse uma outra mulher branca, em outro crime de racismo, cometido em Campo Grande, no início de agosto.
O caso foi registrado em uma lanchonete quando a racista xingou um rapaz. Ele teria "furado" a fila dos clientes e foi alvo das ofensas da mulher. A vítima foi vista chorando após a violência e outros clientes confrontaram a agressora, que ainda disse ser mulher de um miliciano, debochando da situação.
Identificada como Amanda Queiroz Ornela, foi levada para a delegacia, mas liberada. Um inquérito foi aberto para apurar o caso repleto de vídeos.
Em mais um caso criminoso, uma vendedora ambulante foi insultada por causa do cabelo. Leideane Soares foi atacada enquanto trabalhava. Mais uma vez, por uma mulher branca. "Nem o teu cabelo vale mais do que eu. Nem o teu cabelo vale mais do que eu", disse a racista. A agressora ainda bateu em outras pessoas que estavam no local.
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