Polícia investiga três suspeitos de arremessar garrafa e matar palmeirense
Um palmeirense e dois flamenguistas foram flagrados arremessando garrafas durante a briga
O Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo (DHPP) investiga três pessoas suspeitas de terem atirado garrafas durante a briga que resultou na morte da torcedora do Palmeiras, Gabriela Anelli.
Os investigadores vão reconstruir virtualmente o que aconteceu no dia 8 de julho, antes do jogo entre Palmeiras e Flamengo, no entorno do Allianz Parque. O trabalho vai ajudar a polícia a esclarecer detalhes sobre como aconteceu a briga.
Imagens aéreas serão gravadas por um drone. Em seguida, o local vai ser escaneado em 360 graus e as fotos, tiradas do local, em diferentes ângulos, vão ser inseridas nesse ambiente virtual. A sequência poderá mostrar como se deu a movimentação das pessoas naquele sábado, antes do jogo.
"É uma tecnologia, a gente foi com toda a perícia nossa do DHPP. Muitos moradores fizeram com celular de vários ângulos, e depois a gente tem a mesma imagem do tumulto de dois ou três ângulos", afirma Ivalda Aleixo, diretora do DHPP.
Três torcedores estão na mira dos investigadores. A polícia já sabe que eles arremessaram garrafas durante a confusão. Um é palmeirense, os outros são flamenguistas e estão prestes a serem identificados.
Gabriela Anelli, de 23 anos, foi atingida por estilhaços de vidro, teve a veia jugular perfurada e morreu dois dias depois.
A polícia chegou a prender um torcedor do Flamengo suspeito de ter lançado a garrafa, mas, por falta de provas, a Justiça mandou soltá-lo.
"Se necessário for, já com as imagens mais nítidas, a gente vai ouvi-lo novamente. Ok ,não foi você, mas quem é esse cara do seu lado?", afirma a diretora do DHPP.
Os investigadores também querem saber como a briga começou e porque palmeirenses haviam entrado na área reservada para a torcida adversária. "Quem começa o tumulto e arremessando essas coisas também tem uma punição", diz Ivalda.